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Porto Alegre, quinta-feira, 08 de junho de 2017. Atualizado �s 15h16.

Jornal do Com�rcio

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Not�cia da edi��o impressa de 08/06/2017. Alterada em 08/06 �s 00h18min

Rio Grande vive fim de era de prosperidade e sofre com a derrocada

Imenso p�rtico do Estaleiro Rio Grande, que j� foi s�mbolo de progresso do munic�pio, se transformou em um retrato dos preju�zos e do desemprego que assolam a cidade portu�ria

Imenso p�rtico do Estaleiro Rio Grande, que j� foi s�mbolo de progresso do munic�pio, se transformou em um retrato dos preju�zos e do desemprego que assolam a cidade portu�ria


ANTONIO PAZ/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Instalado � beira da Lagoa dos Patos, o p�rtico gigante, trazido da Finl�ndia, era o s�mbolo da prosperidade do munic�pio de Rio Grande (RS). Com 117 metros de altura e 210 metros de largura, o equipamento - pintado de um amarelo berrante - era visto de qualquer canto da cidade, que fervilhava com o polo naval e seus tr�s estaleiros. Hoje, o p�rtico, que custou cerca de R$ 400 milh�es, est� parado ao lado de milhares de toneladas de a�o no Estaleiro Rio Grande (ERG).
De s�mbolo de bonan�a, o equipamento virou o retrato dos preju�zos que o setor causou na cidade. Em 9 de dezembro do ano passado, o ERG - que tem como s�cios a Engevix e o Funcef - teve seus contratos rescindidos com a Petrobras e demitiu cerca de 3 mil funcion�rios de uma s� vez. Em seguida, entrou com pedido de recupera��o judicial para equacionar uma d�vida de R$ 7,5 bilh�es. Nem deu tempo de terminar o casco da P-71, que ficou pela metade.
A derrocada do estaleiro teve efeito imediato na economia da cidade. Empres�rios que investiram na expans�o dos neg�cios est�o endividados e sem dinheiro para honrar os compromissos firmados; trabalhadores perderam o emprego e n�o t�m perspectivas de recoloca��o no mercado; e o �ndice de criminalidade cresceu. "O retrato do que se v� aqui � de um impacto social violento e de uma retra��o do desenvolvimento da regi�o", afirma o prefeito de Rio Grande, Alexandre Duarte Lindenmeyer.
No auge da constru��o de embarca��es, os tr�s estaleiros do polo naval - Rio Grande, QGI (Queiroz Galv�o Iesa) e EBR (Estaleiros do Brasil) - empregavam cerca de 24 mil trabalhadores e giravam uma economia que crescia em torno de 20% ao ano. Al�m do ERG parado, os outros dois tamb�m seguem o mesmo caminho. O QGI tem mais dois meses de trabalho e o EBR vai at� o fim deste ano. Se nada for feito, outros cerca de 4 mil funcion�rios ser�o demitidos e v�o engrossar a lista de desempregados na cidade.
O efeito multiplicador do polo naval funciona para o bem e para o mal. Com a queda na demanda, os empres�rios locais tamb�m passaram a demitir. O empres�rio Luiz Carlos Hil�rio conta que ampliou a rede hoteleira para atender � demanda do polo e agora tem alta capacidade ociosa. "Dependendo do m�s, a ocupa��o fica entre 30% e 40%. No auge dos estaleiros, tinha 98%", diz ele, que � dono de quatro hot�is em Rio Grande. "Em toda a cidade, 10% do com�rcio fechou as portas", afirmou o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas, Luiz Carlos Teixeira Zanetti. Ele pr�prio fechou uma de suas tr�s lojas de material de constru��o.
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