No fim da tarde desta quinta-feira (22), a Esquina Democrática foi palco de mais um protesto contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com os organizadores, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato. Movimentos sindicais, que fizeram hoje o Dia Nacional de Paralisação, tiveram participação reduzida no movimento.
Os militantes se dirigiram ao Centro Histórico de Porto Alegre por volta das 18h. Membros de partidos políticos e movimentos sociais participaram do ato. Entre o eles o Partido dos Trabalhadores (PT), Partido da Causa Operária (PCO), União da Juventude Socialista (UJS), União Nacional dos Estudantes (UNE), Levante Popular da Juventude e Organização A Marighella.
Por volta das 19h o ato seguiu em caminhada pelas ruas do Centro Histórico aos gritos de “Empurra o Temer que ele cai”. Faixas dizendo “O petróleo é nosso”, “Amar sem Temer” e “Nenhum direito a menos” foram sendo levadas pelos militantes. Um boneco do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também podia ser visto.
Um ato organizado pela Frente de Intervenção Artística do Bloco de Lutas conduziu a caminhada. Cinco mulheres trajando vestidos brancos carregaram um jarro com as cinzas do “Caixão da Democracia”, que foi
queimado em uma manifestação no dia 31 de agosto. “As meninas representam a pureza e poder feminino, algo inexistente nesse governo que tomou o poder”, explicou a estudante Caroline Genro, integrante do Departamento de Arte Dramática (DAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As cinzas foram espalhadas durante a caminhada.
O candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo PT, Raul Pont, caminhou entre o público e conversou com os militantes. Pont fez críticas aos adversários na eleição municipal que apoiam o governo de Michel Temer e a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241), medida que estabelece um teto para os gastos públicos. “Nossa função é lutar e denunciar os atos desse governo que tomou o poder para conduzir a democracia da melhor maneira”, disse Pont.
Depois de passar pelas ruas centrais da cidade, a caminhada seguiu até a Avenida Ipiranga, onde houve confronto, bombas de gás foram lançadas. O ato foi até a Avenida João Pessoa, onde o grupo foi dispersado pela Brigada Militar.