Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 20:12

Militantes vão as ruas em Porto Alegre contra o afastamento definitivo de Dilma Rousseff

Ato na Esquina Democrática reuniu manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff

Ato na Esquina Democrática reuniu manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff


CASSIANA MARTINS/JC
Com a conclusão do processo de impeachment pelo Senado Federal, que culminou no afastamento definitivo de Dilma Rousseff, manifestantes foram as ruas protestar contra o governo de Michel Temer. Os grupos protestantes alegam que o novo governo chegou ao poder “através de um golpe político”. Em Porto Alegre, foi o terceiro dia seguido com manifestações.
Com a conclusão do processo de impeachment pelo Senado Federal, que culminou no afastamento definitivo de Dilma Rousseff, manifestantes foram as ruas protestar contra o governo de Michel Temer. Os grupos protestantes alegam que o novo governo chegou ao poder “através de um golpe político”. Em Porto Alegre, foi o terceiro dia seguido com manifestações.
Militantes empunhando bandeiras de partidos políticos como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialista do Brasil (PCdoB), além de grupos integrantes da União Nacional dos Estudantes (Une), União dos Estudantes Secundaristas do Brasil (Ubes) e União da Juventude Socialista (UJS) se reuniram na Esquina Democrática, na região central de Porto Alegre. Nem os organizadores e nem a Brigada Militar divulgaram uma estimativa do número de participantes.
Apesar do tempo fechado, a movimentação foi grande. Pouco depois das 18h o ato iniciou aos gritos de “Fora Temer”. Além do coro dos participantes, faixas também pediam a saída de Michel Temer e acusavam a mídia de ter influenciado no processo de afastamento de Dilma Rousseff.
A estudante universitária Laura Hipólito, 27, definiu o processo de impeachment como “um golpe contra uma eleição democrática”. Ela acrescentou dizendo que “não tem boas esperanças quanto ao futuro do país”. Laura acredita que o “governo ilegítimo irá acabar com os direitos trabalhistas e sociais conquistados ao longo da história, prejudicando quem depende dos programas e investimentos sociais”. O colega de Laura, James Santos, 26, declarou que “o acontecimento de hoje é uma grande perda para a democracia, mas que ao menos serve para levar os jovens as ruas e protestar por mudanças”.
A indignação da estudante Isadora Vargas, 23 é quanto aos que julgaram Dilma. “Quem conduziu esse processo não tem reputação para isso. É uma situação ruim para o sistema político brasileiro, nesse momento, a esquerda precisa se mobilizar e lutar”, explicou Isadora. Já Raísa Garcez tem outro sentimento, o de que novas eleições podem deixar de serem realizadas. “A direita usou a população como massa de manobra alegando começar uma reforma política no país, mas isso é exatamente o que não irá acontecer”, desabafa. “Quem me garante que depois de instaurar esse golpe, esse governo não irá fraudar as eleições municipais, ou até deixar de realizar novas eleições?”, questiona Raísa.
Quem também compareceu ao ato no Centro Histórico foi o candidato à prefeitura Raul Pont (PT). O petista elogiou a ida dos jovens as ruas para “lutar contra o golpe instaurado pelo sistema político e judiciário”. Pont fez críticas ao PSDB, que definiu como “a escória mais golpista”, e declarou ter certeza da vitória contra o partido nas eleições municipais.
Perto das 19h, os manifestantes iniciaram uma caminhada pelas ruas cidade. Em frente ao diretório municipal do PMDB, na Avenida João Pessoa, o grupo ateou fogo no "caixão da democracia". Um grupo de manifestantes derrubou um contêiner de lixo e chegou a depredar a sede do partido, sendo dispersado pela Brigada Militar.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO