Ministério descarta relação de larvicida e microcefalia e mantém uso

O Ministério da Saúde emitiu nota, na tarde deste sábado (13), afastando a relação entre o larvicida puriproxifen e microcefalia. A nota reage ao anúncio de suspensão do uso para combater lavas do mosquito Aedes aegypti em água para consumo feito pela Secretaria Estadual da Saúde, pela manhã em Porto Alegre, durante a largada do Dia D de Combate ao Mosquito.

O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, alegou que a organização médica argentina Physicians in the Crop-Sprayed Towns cogita a hipótese de alguma relação. "Não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de pyriproxifen e a microcefalia", disse a pasta da Saúde federal, na nota divulgada em seu site. A pasta garantiu que "utiliza somente larvicidas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que os produtos passam por um rigoroso processo de avaliação da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (Whopes)". Documento da OMS assegura a aplicação. 

O produto que vinha sendo usado no Estado é fornecido pelo governo federal. O pyriproxifen está entre os produtos aprovados pelo Whopes e tem certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A nota aponta que a relação já foi estabelecida entre o zika vírus e a microcefalia, mas que não há "associação entre o uso de pyriproxifen e a doença microcefalia não possui nenhum embasamento científico". A pasta esclareceu ainda que a secretaria gaúcha tem autonomia para utilizar o produto. O uso do produto é feito em situações especiais, diz a nota, "onde há necessidade de armazenamento de água e os depósitos não podem ser protegidos fisicamente".