No Dia D de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Estadual da Saúde anunciou a suspensão do uso em água para consumo humano do larvicida Pyriproxyfen. O produto é aplicado para deter o desenvolvimento da larva do mosquito.
A medida, que vale para o Rio Grande do Sul, foi comunicada pelo secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, na largada das ações de esclarecimento e fiscalização que levaram às ruas de municípios do Estado quase 20 mil militares das três forças armadas. O cerco ocorre em todo o País.
Em Porto Alegre, autoridades federais, como o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, governador José Ivo Sartori e o prefeito da Capital, José Fortunati, chegaram a percorrer algumas residências para dar o recado a moradores e comerciantes.
Gabbardo explicou que a decisão se deve à hipótese de que a substância pode potencializar a má-formação cerebral causada pelo zika vírus, levantada pela organização médica argentina Physicians in the Crop-Sprayed Towns. As 19 Coordenadorias Regionais de Saúde do Estado deverão repassar a nova orientação às vigilâncias municipais.
O uso do larvicida, enviado pelo Ministério da Saúde, era utilizado em pequena escala, apenas quando não é possível evitar o acúmulo de água nem remover os recipientes, como chafarizes e vasos de cimento em cemitérios.
“Vamos aguardar uma posição do ministério, por isso, reforçamos ainda mais o apelo à população para que elimine qualquer possível foco do mosquito”, alertou o secretário. A Vigilância Ambiental já apontou que 75% dos focos estão em residências e outros ambientes domésticos.