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- Publicada em 14 de Fevereiro de 2016 às 18:52

Exército faz operação de guerra contra o mosquito

 Dia D contra o Aedes aegypti, força tarefa nacional é lançada combater a infestação do mosquito    na foto: Soldados do Exército acompanhados por servidores da prefeitura vistoriando domicílios

Dia D contra o Aedes aegypti, força tarefa nacional é lançada combater a infestação do mosquito na foto: Soldados do Exército acompanhados por servidores da prefeitura vistoriando domicílios


ANTONIO PAZ/JC
Foi uma operação de guerra, mas sem armas convencionais. Militares usaram panfletos, esclarecimentos e checagens visuais contra o mosquito Aedes aegypti e a contaminação pelo vírus zika. As Forças Armadas, especialmente o Exército Brasileiro (EB), foram às ruas no Rio Grande do Sul com cerca de 25 mil homens (20 mil só do EB) nesse sábado (13) do Dia D do combate ao aedes e voltam nesta segunda-feira (15) para uma investida de quatro dias. Nos quatro dias, o efetivo será de um quarto do já empregado.
Foi uma operação de guerra, mas sem armas convencionais. Militares usaram panfletos, esclarecimentos e checagens visuais contra o mosquito Aedes aegypti e a contaminação pelo vírus zika. As Forças Armadas, especialmente o Exército Brasileiro (EB), foram às ruas no Rio Grande do Sul com cerca de 25 mil homens (20 mil só do EB) nesse sábado (13) do Dia D do combate ao aedes e voltam nesta segunda-feira (15) para uma investida de quatro dias. Nos quatro dias, o efetivo será de um quarto do já empregado.
"Mobilizamos muitos meios logísticos para cobrir a Grande Porto Alegre", explicou o tenente coronel comandante do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército em Porto Alegre, Fernando Cunha. "É semelhante, de certa forma, a uma operação de guerra e precisamos do apoio da sociedade para vencer o mosquito." 
Nesta segunda-feira (15), o mesmo número de militares será mobilizado para o que é considerada a terceira fase do cerco das Forças Armadas ao mosquito e focos de proliferação, anunciou o ministro da Defesa, Aldo Rebelo. A ação vai até quinta-feira (18). No sábado, a meta era atingir cerca de 3 milhões de domicílios em mais de 350 municípios, incluindo todas as capitais e as 115 localidades com maior incidência das doenças associadas ao mosquito e ao zika.  
Na Capital, 11 bairros foram os alvos nesse sábado e voltam a receber os militares nesta segunda. Foram montados verdadeiros quartéis generais (QGs) para apoiar as tropas. Os sete QGs estão nos shopping Total, Bourbon Wallig e Iguatemi, Centro Administrativo Regional (Centro), Praça Adair Figueiredo (Petrópolis), Auditório Araújo Vianna (Bom Fim) e Praça Encol (Bela Vista). O trabalho vai das 8h às 18h.
No Partenon, a partida oficial no sábado ocorreu na área onde ficam unidade de saúde. Dali, autoridades, como o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o governador José Ivo Sartori e o prefeito José Fortunati conduziram uma turba. A primeira parada foi no condomínio de Maria Elaine de Almeida. Com surpresa, a moradora abriu o portão e a multidão adentrou.
"Pode olhar, está tudo certo aqui. Temos cuidado com o mosquito", garantiu Maria Elaine. O ministro e demais autoridades cercaram a moradora e ele mesmo mostrou domínio das orientações. "Aqui estão os materiais sobre os cuidados, se puder distribuir. Se deixar uma frestinha, ele (mosquito) entra", advertiu Braga.   
No Bom Fim, a ação começou antes das 6h30min. O grupo foi liderado por militares do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), que fica na vizinhança. Muitos focos suspeitos de ter criadouro do aedes foram detectados, principalmente em edifícios, nas áreas que não têm acesso fácil, como poços de luz, onde acumula água.
"As pessoas ignoram os riscos, desconhecem informações mesmo", alarmou-se a servidora da saúde da Capital Rosângela Lopes, que integrou a força-tarefa.      
Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Militares e autoridades entraram no residencial da moradora Maria Elaine
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Ação buscou pontos de criadouro do mosquito
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Dia D contra o Aedes aegypti, força tarefa nacional é lançada combater a infestação do mosquito na foto: Soldados do Exército acompanhados por servidores da prefeitura vistoriando domicílios
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Bom dia bem diferente: Morador é saudado por militares e agente de saúde antes da inspeção do mosquito
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Água de piscinas foram inspecionadas para afastar riscos
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  • Domicílios foram rastreados em 11 bairros da Capital
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Militares preencheram planilha com informações de cada domicílio visitado
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  • A moradora Graziela recebeu a visita inesperada, mas garantiu que toma todos os cuidados
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  • Militares checaram pontos de risco, sacos de lixo e potes de folhagens
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  • A moradora Olga Ribeiro aguardava a piscina encher e assegurou que troca de água toda a semana
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  • Mais de 20 mil homens do Exército atuarão até quinta-feira no Estado
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  • Autoridades federais, estaduais e municipais e militares deram a largada do Dia D
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
  • Comerciante e clientes de mercadinho no Partenon foram alvo de alerta de autoridades
  • Crédito: ANTONIO PAZ/JC
    Os militares Anderson Silveira e Guilherme Barbieri e o assistente da saúde Guilherme Brendel bateram na residência de Graziela da Silva e Olga Ribeiro bem na hora em que a piscina de 2 mil litros estava terminando de encher. "Bom dia, a gente pode entrar para ver se tem mosquito da dengue", anunciou do portão Brendel.
    O trio olhou por tudo - do pote do cachorro Bilu a plásticos amontoados no chão. Graziela disse que a vigilância é permanente. "O zika está aí, né, o mosquito. A gente tem medo. Temos crianças aqui", comentou Graziela. Olga aproveitou para alertar sobre um terreno baldio que pode ter focos. "Sempre que os agentes vêm aqui, falamos, mas até agora não fizeram nada", lamentou a moradora.
    No Dia D no Estado, além da investida verde-oliva, uma controvérsia se instalou. A Secretaria Estadual da Saúde suspendeu o uso do larvicida puriproxifen, que é distribuído pelo Ministério da Saúde e aplicado na água em situações específicas para combater a larvas do aedes. 
    O secretário da Saúde gaúcho, João Gabbardo dos Reis, justificou, pela manhã no começo da operação com os militares, que uma organização médica argentina estuda a relação do larvicida com a microcefalia.
    O ministério se apressou e divulgou nota descartando riscos, reafirmando a segurança da aplicação (que tem aval de um comitê da Organização Mundial da Saúde) e ressaltou que o Estado tem autonomia para descartar o uso. 
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