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Porto Alegre, sábado, 03 de maio de 2025.

Coluna

- Publicada em 04 de Setembro de 2009 às 00:00

O poder da Igreja, a Inquisição e a ignorância na Idade Média


Jornal do Comércio
Muita e boa ficção já foi escrita sobre os escuros tempos da Idade Média, quando o poder da Igreja , exercido ao extremo, carbonizou intelectuais e pessoas comuns na fogueira. Os romances históricos de Umberto Eco e Noah Gordonmostram como foi a época e o interesse que desperta nos leitores. Nessa linha se situa O unitário, o segundo romance do médico, professor e escritor paulista Pedro Puech, nascido em 1952, autor de livros científicos e do romance A carta de Ragusa, publicado em 2001. Puech, pioneiro em cirurgia de correção de aneurisma de aorta por técnica endovascular, narra acontecimentos do ano de 1553. Na cidade italiana de Ancona, o jovem Benjamin e seu tutor, o médico e anatomista português Amatus Lusitanus (1511-1568), judeus portugueses convertidos ao cristianismo por força da Santa Inquisição, são convocados a Roma pelo renomado artista Michelangelo Buonarroti para um encontro secreto. Na capital da Igreja Católica, são envolvidos em uma trama que levará Benjamin à França, ao Sacro Império Romano-Germânico e à atual Suíça, passando pelo ambiente de efervescência intelectual da Sorbonne e do Collége Royal, em Paris e do Gymnasium, em Estrasburgo, e pelo regime rigoroso da Genebra governada por João  Calvino, em busca de uma informação que pode alterar a história da medicina. Resgatando a tradição do romance histórico, Pedro Puech mescla em O unitário personagens fictícios e históricos como Calvino, Michelangelo e o próprio Lusitanus, reconstituindo o ambiente acadêmico e político da Europa no século XVI.  Estão lá a tensão e a turbulência causadas pelas discussões teológicas inflamadas, a perseguição movida por católicos e protestantes contra seguidores de doutrinas que ousaram questionar, entre outros dogmas, a Santíssima Trindade, como os unitários e os arrianos. Nesse cenário conturbado, o protagonista Benjamin vai correr perigos, sentirá medo e adquirirá conhecimentos. Vai enfrentar vaidades extremas como a do médico do Papa Julio III, Realdo Colombo e encarar a firmeza de convicções de Michel Server, um cristão fervoroso que rejeitava a Santíssima Trindade, crendo apenas em Deus como uma só entidade e, portanto, chamado de “unitário”. Baseado em uma história real, O unitário recria os eventos e os personagens que cercaram a nova teoria sobre a circulação sanguínea e mostra como o humanismo e as revoluções artísticas e científicas conviveram com a intolerância religiosa. A narrativa lembra o magistral romance O nome da rosa, de Umberto Eco e seduzirá o leitor com a história de um médico perseguido pela Inquisição. 240 páginas, R$ 32,00, Editora  Rocco, telefone 21-3525-2000.
Muita e boa ficção já foi escrita sobre os escuros tempos da Idade Média, quando o poder da Igreja , exercido ao extremo, carbonizou intelectuais e pessoas comuns na fogueira. Os romances históricos de Umberto Eco e Noah Gordonmostram como foi a época e o interesse que desperta nos leitores. Nessa linha se situa O unitário, o segundo romance do médico, professor e escritor paulista Pedro Puech, nascido em 1952, autor de livros científicos e do romance A carta de Ragusa, publicado em 2001. Puech, pioneiro em cirurgia de correção de aneurisma de aorta por técnica endovascular, narra acontecimentos do ano de 1553. Na cidade italiana de Ancona, o jovem Benjamin e seu tutor, o médico e anatomista português Amatus Lusitanus (1511-1568), judeus portugueses convertidos ao cristianismo por força da Santa Inquisição, são convocados a Roma pelo renomado artista Michelangelo Buonarroti para um encontro secreto. Na capital da Igreja Católica, são envolvidos em uma trama que levará Benjamin à França, ao Sacro Império Romano-Germânico e à atual Suíça, passando pelo ambiente de efervescência intelectual da Sorbonne e do Collége Royal, em Paris e do Gymnasium, em Estrasburgo, e pelo regime rigoroso da Genebra governada por João  Calvino, em busca de uma informação que pode alterar a história da medicina. Resgatando a tradição do romance histórico, Pedro Puech mescla em O unitário personagens fictícios e históricos como Calvino, Michelangelo e o próprio Lusitanus, reconstituindo o ambiente acadêmico e político da Europa no século XVI.  Estão lá a tensão e a turbulência causadas pelas discussões teológicas inflamadas, a perseguição movida por católicos e protestantes contra seguidores de doutrinas que ousaram questionar, entre outros dogmas, a Santíssima Trindade, como os unitários e os arrianos. Nesse cenário conturbado, o protagonista Benjamin vai correr perigos, sentirá medo e adquirirá conhecimentos. Vai enfrentar vaidades extremas como a do médico do Papa Julio III, Realdo Colombo e encarar a firmeza de convicções de Michel Server, um cristão fervoroso que rejeitava a Santíssima Trindade, crendo apenas em Deus como uma só entidade e, portanto, chamado de “unitário”. Baseado em uma história real, O unitário recria os eventos e os personagens que cercaram a nova teoria sobre a circulação sanguínea e mostra como o humanismo e as revoluções artísticas e científicas conviveram com a intolerância religiosa. A narrativa lembra o magistral romance O nome da rosa, de Umberto Eco e seduzirá o leitor com a história de um médico perseguido pela Inquisição. 240 páginas, R$ 32,00, Editora  Rocco, telefone 21-3525-2000.
LANÇAMENTOS
Expatriados.com, organizado pela psicóloga culturalista Andréa Sebben traz textos sobre internacionalização das empresas e necessidade de adaptação dos profissionais e famílias envolvidos neste processo, em diferentes contextos culturais. Os textos são de colaboradores de grandes empresas como HSBC, Bosch, Vivo, Odebrecht e Club Med. 208 páginas, R$ 39,00, Artes e Ofícios, telefone 51- 3311-0832.
Sanga Menor, da escritora e procuradora federal Cíntia Lacroix, narra a vida de Lírio Caramunhoz, na cidade que dá título ao romance de estreia da autora, revelando sua covardia e suas aflições. Na apresentação L.A. Assis Brasil chama a atenção para os diálogos bem construídos e Léa Masina ressalta o domínio da linguagem e da técnica romanesca. 256 páginas, Dublinense, telefone 51-9246-0705.
Immaculada é o romance de estreia da professora doutora paulista Ivone C. Benedetti. Narra com linguagem fluente a trajetória de duas famílias que se cruzam por interesses econômicos e políticos na São Paulo dos anos 1920, período de grandes transformações. Francisco, formado em Direito e filho de fazendeiro, casa com Immaculada,pensando em consolidar o sucesso e a iniciação política, mas conflitos virão. 380 páginas, WMFmartinsfontes, telefone 11-32413677.
A outra história do Brasil – a versão desavergonhada e sem cortes que explica tudo do ator e redator Jovane Nunes (do grupo de humor Os melhores do Mundo e TV Globo) mostra 500 anos de história nada convencional, com muito humor, tipo Pero Vaz de Caninha e os dois Pedros, um popular entre a mulherada e outro que perdeu o cargo por não ser tão popular. 192 páginas, Planeta, www.editoraplaneta.com.br.
E PALAVRAS...
Referências sólidas para tempos tumultuados
Vivemos num tempo sobre o qual já se disse que tudo o que é sólido se desmancha no ar. Referências, verdades, ideias e princípios duram o mesmo tempo que um fósforo. Andamos carentes de líderes, âncoras e balizas do bem. Os escândalos vão se sucedendo. A crise econômica colocou em evidência a ganância, a irresponsabilidade e o descaso com os humanos, com o planeta e com o futuro. As crises políticas se repetem. Nesse cenário tumultuado e tantas vezes sem controles, um livro como Conversando com os netos, do ex-vereador, prefeito de Getúlio Vargas, deputado estadual e ministro de Estado dos Transportes, Odacir Klein, vem em muita boa hora. Klein é um dos homens públicos mais honestos e éticos que temos no Brasil. Já foi presidente do Banrisul, secretário da Agricultura e do Abastecimento do RGS e, atualmente, preside a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a União Brasileira de Biodiesel. A partir de longas conversas com seus sete netos, Odacir Klein resumiu, agora em livro, reflexões sobre alcoolismo, prazer e felicidade, racionalidade, pensamento, amor, perdão, ecumenismo, democracia, saudade e reencontro, Deus, filhos e outros temas de interesse eterno e atual. Em linguagem clara, direta e didática o experiente homem público e pai de cinco filhos passa mensagens, conceitos e ideias que visam ao desenvolvimento pessoal e coletivo. O autor ressalta a importância da ética, do amor, da democracia e de práticas que levem a uma vida com corpo e alma saudáveis, nos planos individual e coletivo. Odacir compartilha generosamente sua rica experiência familiar e revela o lado pessoal do homem público. Cita às páginas 55-56 o que o grande Gibran Kahlil Gibran falou sobre amor, pais e filhos. Com grande despreendimento e sinceridade, aborda a questão do alcoolismo, tema fundamental num momento em que adolescentes e mesmo crianças começam a ingerir bebidas alcoólicas fora de hora e controle. O problema, como se sabe, é um dos mais sérios da atualidade e Odacir dá sua colaboração, falando com objetividade sobre o tema e mostrando os diversos estragos que o álcool pode causar. Enfim, numa época de carência de atitudes e líderes saudáveis, o livro de Klein deve ser lido, saudado e suas ideias devem ser praticadas. O volume tem 70 páginas e custa R$ 20,00, Editoras Aldeia Sul / Berthier, telefone 51-3028-8590. (Jaime Cimenti)
E VERSOS
Homem-sanduíche
O que exprime esse homem
prensado entre as placas
do anúncio “compra-se ouro”?
ruína? humilhação? o mudo
espelho da multidão?
Seu olhar postiço como a cabeça
me atinge e me faz discernir
no traço grotesco imposto de fora
o esforço por existir
que o anima por dentro.
Paulo Neves, em Antologia comentada da poesia brasileira do século XXI , de Manuel da Costa Pinto
Publifolha, telefone 11-3224-2186
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