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Publicada em 23 de Abril de 2025 às 17:48

Pablo Melo tem recurso para assumir mandato rejeitado no TSE

Melo ainda estuda se levará recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Melo ainda estuda se levará recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Ederson Nunes / CMPA / JC
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Sofia Utz
Sofia Utz
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o recurso de Pablo Melo (MDB), assim o impedindo de assumir mandato na Câmara de Porto Alegre. Com seis votos contrários e um favorável ao pleito de Melo, a corte manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que avaliou o político como inelegível por ser filho do atual prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB). 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o recurso de Pablo Melo (MDB), assim o impedindo de assumir mandato na Câmara de Porto Alegre. Com seis votos contrários e um favorável ao pleito de Melo, a corte manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que avaliou o político como inelegível por ser filho do atual prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB). 
A decisão da justiça foi pautada na lei que impede parentes de até segundo grau do chefe do Executivo de concorrerem a cargos públicos, para assim evitar que se beneficiem do poder e da influência do prefeito. A legislação, no entanto, se aplica apenas aos políticos que concorrem pela primeira vez como titulares de mandato, assumindo que eles não possuíam uma carreira política previamente. 
Ainda que Melo tenha cumprido quase um mandato completo na Câmara da Capital, ele entrou como suplente de Cezar Schirmer (MDB), que deixou o mandato para se tornar secretário no governo municipal. Por não ter sido titular do cargo, o TSE considerou que o mandato que conquistou nas eleições de 2024 seria sua primeira vez no Legislativo, assim levando à inelegibilidade do político. 
No recurso, o ex-vereador destacou o caso da vereadora de Nazaré, Carla Peixoto (PSDB), ocorrido em 2021. Ela era cunhada da prefeita da cidade e havia exercido cargo como suplente na legislatura anterior. Quando levado ao TSE, o tribunal decidiu por aceitar o recurso da política, permitindo que ela assumisse mandato. Mesmo com o indeferimento do pleito, Melo pontua que essa não é uma posição pacificada da justiça, visto que nenhum dos dois casos apresentou uma decisão unânime. "A vida não começa e nem acaba com o mandato de vereador. Então, vamos seguir a nossa militância na cidade tranquilamente", colocou Melo. 
Em contrapartida, a decisão do TSE foi recebida positivamente pelo vereador Mauro Pinheiro (PP). Pelo cálculo proporcional das cadeiras do Legislativo, Pinheiro perderia sua vaga no plenário caso a corte decidisse que Pablo poderia assumir o mandato como vereador. Assim, o parlamentar entrou como terceiro interessado no processo. Na avaliação de Larissa Martins, advogada eleitoralista que representa Pinheiro no caso, a decisão do TSE garantiu a efetividade da Constituição Federal. Em nota, o parlamentar afirmou que é um direito do vereador Pablo lutar pelo que acredita, e que o PP defende a Constituição. 
No processo, ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que a corte reavalie a decisão. Melo afirmou que segue conversando com os seus advogados sobre a possibilidade de representação no STF, mas que essa é uma decisão jurídica. 

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