Porto Alegre, qua, 23/04/25

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Publicada em 10 de Abril de 2025 às 16:08

Prefeitos da Região Metropolitana solicitam recursos federais para conter crise na saúde

Gestores municipais se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na terça-feira (8)

Gestores municipais se reuniram com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na terça-feira (8)

Cesar Lopes/PMPA/Divulgação/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Uma comitiva de prefeitos da Região Metropolitana de Porto Alegre e deputados federais gaúchos se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na terça-feira (8), para solicitar recursos ao governo federal como uma forma para solucionar a crise no sistema de saúde. Na Capital, a ocupação de leitos já ultrapassou os 98%.
Uma comitiva de prefeitos da Região Metropolitana de Porto Alegre e deputados federais gaúchos se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na terça-feira (8), para solicitar recursos ao governo federal como uma forma para solucionar a crise no sistema de saúde. Na Capital, a ocupação de leitos já ultrapassou os 98%.

Conforme o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), que esteve no encontro junto com o secretário municipal de saúde, Fernando Ritter, o ministro Padilha vai analisar os pedidos. “O ministro foi muito atento, porque ele conhece bem a Região Metropolitana, já foi ministro da Saúde (no governo Dilma Rousseff), tem frequentado o Grupo Conceição. E ele, evidentemente que vai analisar as nossas demandas, processá-las junto com secretários executivos, e reforçou de que estará conosco em uma reunião tripartite, envolvendo o Estado e estes municípios”, disse Melo.

A prefeitura da Capital encaminhou um ofício ao ministro em que apresenta o atual cenário da saúde e as demandas para solucionar a crise. O documento aponta para um gasto mensal de R$ 39,87 milhões com recursos próprios da prefeitura de Porto Alegre, repartidos nos 18 hospitais contratualizados pelo SUS, que são responsáveis por cerca de 500 internações diárias.

O ofício ainda destaca a Capital como referência em saúde, pois 52% das internações são de pacientes de outros municípios. Outro ponto é que as lotações na saúde ocorrem antes da chegada do inverno, que no Rio Grande do Sul costuma ser rigoroso, com o aumento de casos de doenças respiratórias.

Para que a Região Metropolitana de Porto Alegre ultrapasse esta crise e tenha capacidade de atendimento no inverno que se aproxima, o documento entregue pela prefeitura ao Ministério da Saúde traz duas demandas. Uma delas trata de cerca de R$ 16,9 milhões para a Operação Inverno, e a outra de R$ 49,3 milhões mensais para recomposição do Teto MAC (Média e Alta Complexidade).

Os recursos solicitados para a Operação Inverno são para manutenção de unidades de saúde expansão dos leitos disponíveis na Capital. No ofício ao Ministério da Saúde, a prefeitura aponta para a necessidade de abertura de 101‬ leitos clínicos adultos, 31 leitos clínicos pediátricos e 10 leitos de UTI pediátricos, divididos três hospitais - Hospital Porto Alegre, Hospital Restinga Extremo Sul e Hospital Vila Nova.

Já o pedido para recomposição do Teto MAC é para desafogar a Capital de uma defasagem nos repasses federais para atendimentos de média e alta complexidade. Para tal, a prefeitura de Porto Alegre estima que são necessários quase R$ 49.3 milhões ao mês.

Após o encontro de terça com Alexandre Padilha, os prefeitos da Região Metropolitana buscam agendar uma reunião com o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann. Uma das críticas dos gestores municipais ao Piratini é quanto ao descumprimento do mínimo constitucional da saúde, de 12%, nos últimos anos.

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