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Publicada em 09 de Abril de 2025 às 16:03

Críticas ao Bolsa Família marcam reunião-almoço da Federasul

Sousa Costa (c) critica programas sociais que inibem ocupação de vagas

Sousa Costa (c) critica programas sociais que inibem ocupação de vagas

Sérgio Gonzalez/Federasul/Divulgação/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
A reunião-almoço Tá Na Mesa desta quarta-feira (9), promovida pela Federasul, teve o tema “Riscos ao trabalho e à renda”. Na ocasião, o presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, e os convidados Diogo Siqueira (PSDB), que é prefeito de Bento Gonçalves, e o jornalista e empresário Cléber Benvegnú apontaram uma série de falhas do programa federal Bolsa Família.
A reunião-almoço Tá Na Mesa desta quarta-feira (9), promovida pela Federasul, teve o tema “Riscos ao trabalho e à renda”. Na ocasião, o presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, e os convidados Diogo Siqueira (PSDB), que é prefeito de Bento Gonçalves, e o jornalista e empresário Cléber Benvegnú apontaram uma série de falhas do programa federal Bolsa Família.

O presidente da Federasul abriu o evento abordando a atual taxa de desemprego brasileira, que em janeiro atingiu o mínimo da série histórica - 6,5%. "Muitas pessoas, adultos aptos ao trabalho, estão no programa social do Bolsa Família e sem disposição para trabalhar para ocupar as vagas que estão disponíveis", disse Costa. O dirigente ainda completou: “Nos preocupa este incentivo ao ócio. As pessoas preferem ficar em casa, ganhando sem trabalhar”.

Já o prefeito de Bento Gonçalves reclamou da evolução de programas sociais ao longo dos últimos governos, sejam eles municipais, estaduais ou federais. “Parece que no Brasil cada prefeito, cada vereador, qualquer pessoa que ocupe qualquer cargo, parece que é uma regra que qualquer um que entra no governo tem que ampliar os programas sociais”, afirmou Siqueira.

O prefeito ainda fez críticas a uma suposta insistência de governos de pautar a qualificação profissional da população. “Há alguns anos, a gente falava que precisava qualificar a população. Este era o tema padrão em tudo que era município. Aí veio o Sistema S qualificando o povo, dando cursos gratuitos. Cada prefeitura pagava os seus cursos para educar o povo, qualificar o povo. E o que estava acontecendo? Era um trabalho gigantesco para conseguir buscar essas pessoas e colocar no curso”, pontuou. Conforme Siqueira, todos os setores produtivos de Bento Gonçalves buscam funcionários sem instrução e que visam um primeiro emprego.

No discurso de Cléber Benvegnú, o jornalista e empresário disse observar uma “cultura” que vem se criando no Brasil de as pessoas serem dependentes de ações estatais. “Durante muito tempo, quase não se pôde mais questionar esta inflexão da política e do gasto público, diante da ideia de que o “Deus estado” ou um “Deus político” é que salvará as pessoas da pobreza, é que proverá a renda para as pessoas”, argumentou Benvegnú.

De acordo com o presidente Rodrigo Sousa Costa, o tema do trabalho e da renda deve ser abordado na maioria das reuniões-almoço da Federasul neste mês de abril, que antecede o Dia do Trabalhador, em 1º de maio. Os eventos ocorrem tradicionalmente às quartas-feiras, no Palácio do Comércio, em Porto Alegre.

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