Alvo de críticas até dos deputados estaduais mais alinhados ao governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), a proposta do Piratini de concessão do chamado bloco 2, que compreende rodovias do Vale do Taquari e do Norte do Estado, pode ser revista. O chefe do Executivo e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSDB), devem se reunir na manhã desta quarta-feira (9) com parlamentares da base aliada para apresentar um novo modelo de concessão.
Uma das principais críticas de deputados ao projeto original apresentado por Leite é quanto aos valores de pedágio a serem implementados nas rodovias, que corresponderiam a R$ 0,23 por quilômetro rodado.
O secretário-chefe da Casa Civil antecipou à reportagem do Jornal do Comércio, na última sexta-feira (4), que o Executivo iria propor o diálogo com deputados da base aliada. “Há preocupação, sim, quanto ao custo por quilômetro, de R$ 0,23, e vamos enfrentar este tema que foi trazido. Eu acho que essa é a preocupação que a nossa base vem trazendo, que algumas lideranças vêm trazendo. O que a gente vem dizendo é: temos que encontrar um denominador comum”, disse Artur Lemos.
O secretário ainda explicou os motivos para este preço nos pedágios: “Por que eu chego a uma tarifa de R$ 0,23? Porque eu tenho investimentos associados, e tenho prazo curto de investimentos. Tudo isso pressiona a tarifa. Se eu precisar mexer nesta tarifa, eu vou ter que olhar os investimentos, quais não são tão necessários, que podem ser retirados ou postergados”.
O chamado bloco 2 abrange 32 municípios gaúchos, que representam 17,5% da população do Estado, e tem um total de 414,91 quilômetros de extensão. Ele é composto por sete estradas: ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-135, ERS-324, RSC-453 e BR-470. A região foi uma das mais atingidas pelas cheias de maio de 2024.
Os investimentos previstos na proposta inicial de concessão do bloco 2 são de R$ 6,7 bilhões. Do total, R$ 1,3 bilhão é do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado no ano passado para destinar recursos à reconstrução do Estado após a catástrofe das cheias de maio passado.
Ainda de acordo com o modelo original, serão 30 anos de concessão com a iniciativa privada, sendo que, nos dez primeiros anos, devem ser investidos R$ 4,5 bilhões.
Os investimentos previstos na proposta inicial de concessão do bloco 2 são de R$ 6,7 bilhões. Do total, R$ 1,3 bilhão é do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado no ano passado para destinar recursos à reconstrução do Estado após a catástrofe das cheias de maio passado.
Ainda de acordo com o modelo original, serão 30 anos de concessão com a iniciativa privada, sendo que, nos dez primeiros anos, devem ser investidos R$ 4,5 bilhões.
Na semana passada, a Secretaria da Reconstrução do Estado, que está à frente do projeto de concessão do bloco 2, recebeu 390 sugestões da população à proposta, oriundas de uma consulta pública.