Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã deste domingo em Copacabana, zona sul do Rio Janeiro, para uma manifestação em apoio ao projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
À espera do discurso do ex-presidente, o grupo se concentrou em trecho da avenida Atlântica, que margeia a praia. Bolsonaro chegou a falar em 1 milhão de pessoas no ato, mas aliados consideraram o número exagerado e não detalharam a expectativa de público. Ao discursar, o próprio Bolsonaro reconheceu a baixa adesão. "A gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui, no 7 de Setembro, tinha mais gente do que agora", disse Bolsonaro.
O ex-presidente afirmou que "não vai sair do Brasil" e que ele será um problema "preso ou morto". Também criticou o governo Lula (PT) e disse que "eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo".
"Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro. Tenho paixão pelo Brasil." Bolsonaro também sugeriu que sua campanha na disputa de 2022 foi prejudicada por ações de Alexandre de Moraes, presidente da corte eleitoral na época. "Não podia colocar imagem do Lula com ditadores do mundo todo."
Antes do ato, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse à imprensa que a manifestação seria "um passo importante para derrotar o alexandrismo", em uma crítica ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal. "Todos concordam que uma pena de 17 anos de prisão para quem depredou o patrimônio é um exagero."
Entre o público, muitos usam camisas com mensagens em referência aos presos pelos atos de 8 de Janeiro como "Liberdade já para os presos políticos". Nas areias da praia de Copacabana foram fincados cartazes com figuras do bolsonarismo que seriam "perseguidas" pela justiça brasileira.
Bandeiras entre os manifestantes faziam referência a inflação de produtos como carne, ovo e café, e pedem o retorno de Bolsonaro em 2026.
Folhapress