Porto Alegre, sáb, 15/03/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 13 de Março de 2025 às 17:57

Servidores de Porto Alegre definem nesta quinta (13) se promovem greve

Na terça-feira (11), prefeitura se reuniou com representantes do Simpa

Na terça-feira (11), prefeitura se reuniou com representantes do Simpa

Manuela Kuhn/ PMPA/JC
Compartilhe:
Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decide nesta quinta-feira (13), em assembleia às 19h, se irá realizar greve no dia 20 de março. Entre as motivações da categoria, se destaca a defasagem inflacionária de 33,4% acumulada desde 2016 nos salários dos servidores. Os últimos reajustes concedidos pela prefeitura da Capital foram em 2023, de 5,71% divididos em duas parcelas, e em 2022, de 9,74% repartidos em três parcelas. As compensações foram relativas aos resultados de inflação registrados nos anos anteriores aos aumentos, ou seja, não representaram aumento real nos subsídios. Conforme o diretor-geral do Simpa, João Ezequiel Mendonça, existe entre os municipários “uma indignação muito grande” com o governo Sebastião Melo (MDB). “Tem uma proposta de um indicativo de greve no dia 20. Nós queremos diálogo, mas eles têm que apresentar uma proposta concreta. Não é possível que nós vamos ficar de novo sem reposição”, disse o dirigente. Na terça-feira (11), a prefeitura de Porto Alegre realizou uma reunião com representantes do sindicato. Conforme o diretor-geral do Simpa, porém, os resultados do encontro não atenderam aos anseios da categoria, especialmente porque Executivo não indicou que concederia reajuste salarial. “Nós dissemos na mesa: olha, se vocês não querem o conflito, nos apresentem uma proposta concreta, mas prevendo a reposição. E eles indicaram na mesa que não viria”, afirmou Mendonça. O dirigente critica tanto Melo quanto seu antecessor, o ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior (2017-2020, PSDB), que não promoveu reposição salarial aos servidores em nenhum dos quatro anos de sua gestão. Na reunião, o governo municipal articulou junto ao sindicato o pagamento das progressões funcionais - ascensão de servidores dentro da mesma classe – referentes ao período 2014-2016 e da parcela autônoma, que é o complemento financeiro a ser agregado ao salário de servidores da ativa com a diferença entre o valor do básico e o piso nacional de salários aos padrões abaixo do salário mínimo.
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decide nesta quinta-feira (13), em assembleia às 19h, se irá realizar greve no dia 20 de março. Entre as motivações da categoria, se destaca a defasagem inflacionária de 33,4% acumulada desde 2016 nos salários dos servidores.

Os últimos reajustes concedidos pela prefeitura da Capital foram em 2023, de 5,71% divididos em duas parcelas, e em 2022, de 9,74% repartidos em três parcelas. As compensações foram relativas aos resultados de inflação registrados nos anos anteriores aos aumentos, ou seja, não representaram aumento real nos subsídios.

Conforme o diretor-geral do Simpa, João Ezequiel Mendonça, existe entre os municipários “uma indignação muito grande” com o governo Sebastião Melo (MDB). “Tem uma proposta de um indicativo de greve no dia 20. Nós queremos diálogo, mas eles têm que apresentar uma proposta concreta. Não é possível que nós vamos ficar de novo sem reposição”, disse o dirigente.

Na terça-feira (11), a prefeitura de Porto Alegre realizou uma reunião com representantes do sindicato. Conforme o diretor-geral do Simpa, porém, os resultados do encontro não atenderam aos anseios da categoria, especialmente porque Executivo não indicou que concederia reajuste salarial. “Nós dissemos na mesa: olha, se vocês não querem o conflito, nos apresentem uma proposta concreta, mas prevendo a reposição. E eles indicaram na mesa que não viria”, afirmou Mendonça. O dirigente critica tanto Melo quanto seu antecessor, o ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior (2017-2020, PSDB), que não promoveu reposição salarial aos servidores em nenhum dos quatro anos de sua gestão. 

Na reunião, o governo municipal articulou junto ao sindicato o pagamento das progressões funcionais - ascensão de servidores dentro da mesma classe – referentes ao período 2014-2016 e da parcela autônoma, que é o complemento financeiro a ser agregado ao salário de servidores da ativa com a diferença entre o valor do básico e o piso nacional de salários aos padrões abaixo do salário mínimo.
A prefeitura da Capital, questionada pela reportagem, disse que "reconhece as reivindicações da categoria e mantém-se aberta ao diálogo e à negociação de forma responsável e transparente".
O executivo municipal também contestou o percentual de 33,4% de defasagem inflacionária nos salários apresentado pelo Simpa. "Os números de defasagem inflacionária apresentados pelo sindicato não correspondem ao período da atual gestão. Entre 2022 e 2023, a administração municipal concedeu um reajuste salarial de aproximadamente 16% e reajustou em cerca de 40% o vale-alimentação. Em 2021, durante a pandemia, a concessão de reajustes foi impossibilitada pela Lei Federal 173/2020. Em 2024, a prefeitura repôs em 4,62% o vale-alimentação", disse em nota à reportagem.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários