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Publicada em 11 de Março de 2025 às 18:01

PSDB passa a ter apenas dois governadores

Raquel Lyra se filiou ao PSD

Raquel Lyra se filiou ao PSD

/Governo PE/Divulgação/JC
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Folhapress
Com a filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD, na noite desta segunda-feira (10), o PSDB passa a ter apenas dois governadores no País: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. O evento de filiação contou com participação de líderes do PSD, como o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.
Com a filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD, na noite desta segunda-feira (10), o PSDB passa a ter apenas dois governadores no País: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. O evento de filiação contou com participação de líderes do PSD, como o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.
Raquel Lyra deixa após nove anos o PSDB, que está sob um processo de fragilização da força política nos últimos anos. A chefe do Executivo pernambucano também busca se fortalecer para uma eventual disputa em 2026 contra o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Raquel, em discurso, agradeceu ao "partido que me acolheu nos últimos nove anos" e disse que agora "é um novo momento" no PSD. "Encontrei no PSD a acolhida necessária para ajudar na construção do partido e no fortalecimento dele no Nordeste. É um novo começo."
Em pronunciamento, Kassab anunciou que a governadora assumirá a presidência do partido em Pernambuco. O pai da governadora, o ex-governador João Lyra Neto, também vai se filiar ao PSD, deixando o PSDB.
"Está começando um período de entregas para a população. Raquel, se reeleita governadora, no dia seguinte, Pernambuco vai perceber que o Brasil vai começar a sonhar com a hipótese de Raquel ser presidente da República", disse o chefe do PSD.
Raquel ingressou no PSDB em 2016, quando não conseguiu aval do PSB, seu então partido, para ser candidata a prefeita de Caruaru. Após receber abrigo tucano, venceu a disputa e foi reeleita em 2020. Em 2022, se elegeu governadora sem coligação e após ter, no primeiro turno, o menor tempo de propaganda dentre os cinco principais candidatos da disputa, contrariando os prognósticos políticos.
Desde meados de 2023, ela recebeu sondagens do PSD para uma filiação visando às eleições de 2026. O processo se consolidou em fevereiro deste ano. O MDB também foi cogitado como destino, mas a governadora optou pelo partido de Kassab.
Em entrevista concedida à Folha em dezembro, ela havia afirmado que o PSDB foi "ficando pequeno" ao longo do tempo e que isso mostrava "que algo está errado".
Raquel também expôs divergências públicas em relação à postura do PSDB de fazer oposição ao governo Lula. "O PSDB não foi oposição ao governo Bolsonaro e se colocou, há cerca de um ano, como 'farol da oposição' ao governo do presidente Lula, sem ter um projeto que pudesse apontar para o que queremos adiante", disse, em fevereiro, à TV Bandeirantes.
A migração para o PSD deixa a governadora mais próxima do governo Lula, mas aliados do petista em Pernambuco são céticos quanto a uma aproximação efetiva para 2026. Petistas locais avaliam que a governadora não faz gestos políticos em direção ao presidente.
O PSD integra o governo Lula com três ministros: André de Paula (Pesca), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura). O partido também é aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Kassab é secretário de Governo da gestão de Tarcísio.
 

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