O publicitário Sidônio Palmeira foi empossado ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal nesta terça-feira (14). Ele foi o responsável pelo marketing da campanha eleitoral que conduziu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência para o terceiro mandato e substitui Paulo Pimenta (PT), que esteve à frente da pasta desde a posse de Lula.
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Em seu discurso de posse, Sidônio destacou que nunca antes havia assumido um cargo de confiança na política e exaltou as ações governamentais de Lula. Entretanto, considera que as mudanças trazidas pelo governo federal não estariam sendo notadas pelos brasileiros: "O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo. Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população. A informação dos serviços não chega na ponta, a população não consegue ver o governo em suas virtudes", disse.
Ao deixar o cargo, Pimenta disse que hoje a Secom tem uma equipe "muito mais afinada" e que seu trabalho ao longo dos dois anos à frente da pasta foi o de "arrumar a casa". "Tenho certeza que, com a qualidade do Sidônio, e do time que ele está montando, faremos nesses últimos dois anos aquilo que é fundamental para a afirmação do nosso projeto, fazendo chegar na vida dos brasileiros a percepção dessas mudanças", pontuou.
Ele ainda disse concordar com a mudança na Secom: "O presidente tem toda razão quando ele quer uma sacudida na comunicação", afirmou. Comparando o governo a um time de futebol, colocou-se como o "técnico" da equipe. "As limitações do trabalho da Secom têm que ser creditadas a mim", acrescentou.
O desafio de Sidônio será o de aprimorar a comunicação do governo federal, que tem sido criticada por apoiadores, assim como o combate à desinformação, também citado nos pronunciamentos proferidos durante a cerimônia de posse. A mudança já era esperada desde dezembro, quando o presidente afirmou que precisaria realizar alterações no comando da pasta.
Pimenta ainda não teve seu futuro definido, o que deve acontecer no retorno de um período de férias que se inicia nesta semana. Deputado federal eleito, ele poderia retornar ao cargo do qual se licenciou para assumir a Secom, deixando a suplente Reginete Bispo (PT) de fora do Congresso Nacional. Entretanto, as expectativas do petista para as eleições de 2026 fazem com que busque um cargo de maior protagonismo. Especula-se que ele possa assumir a liderança de governo na Câmara dos Deputados ou a Secretaria-Geral de governo.
A mudança na Secom é a primeria de uma série de alterações que devem ser anunciadas ao longo das próximas semanas por Lula. É esperada uma reestruturação do comando das secretarias para a segunda metade do mandato, o que deverá acomodar inclusive os atuais presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).