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Publicada em 08 de Janeiro de 2025 às 16:16

Lula faz sequência de eventos sobre 8/1 e apresenta relógio restaurado de Dom João VI

Relógio foi restaurado na Suíça, sem custos para o governo brasileiro

Relógio foi restaurado na Suíça, sem custos para o governo brasileiro

Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Folhapress
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (8) obras restauradas após ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes. As peças depredadas estão sendo reintegradas ao Palácio do Planalto em cerimônias que marcam os dois anos do episódio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (8) obras restauradas após ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes. As peças depredadas estão sendo reintegradas ao Palácio do Planalto em cerimônias que marcam os dois anos do episódio.
As primeiras obras apresentadas foram o relógio trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808 e uma ânfora (vaso).
O relógio foi restaurado na Suíça, sem custos para o governo brasileiro, e chegou ao Planalto na véspera. De acordo com o governo, ele era do relojeiro de Luís XV, e existe apenas mais um outro deste, exposto em Versailles, na França.
A peça fica na Sala de Audiências do andar do gabinete do presidente, onde ocorreu o evento.
Posteriormente, Lula declarou: "Ainda estamos aqui, ao contrário do que planejavam os golpistas". A fala do presidente faz referência ao filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, que rendeu a Fernanda Torres o Globo de Ouro de melhor atriz. A obra retrata a história da família de Rubens Paiva, sequestrado e assassinado pela ditadura militar.
Já a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que o Palácio do Planalto "foi vítima do ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocráticos, que continua estimulando falas fascistas e autoritárias".
A primeira-dama ainda fez menção a Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama pela atuação em "Ainda Estou Aqui".
"Não houve momento da história em que ações autoritárias aconteceram sem que nossos artistas levantassem a voz em defesa da democracia", afirmou Janja.
"Um exemplo disso é o fato de nossa queridíssima Fernanda Torres ter recebido uma premiação tão importante por sua atuação em 'Ainda Estou Aqui', representando uma mulher emblemática como Eunice Paiva, em um filme que relembra uma parte triste e obscura da nossa história. Mas uma parte que não podemos esquecer", disse.
Em um segundo evento, houve a apresentação da obra "As Mulatas" de Di Cavalcanti. O quadro foi rasgado em sete lugares e, segundo o Planalto, seu valor estimado era de cerca de R$ 8 milhões.
De acordo com o Planalto, foram restauradas 21 peças por especialistas no Palácio da Alvorada, onde foi criado uma espécie de laboratório para especialistas em trabalharem nas obras. O terceiro momento organizado pelo Planalto foi uma cerimônia com autoridades, no salão nobre do palácio.
O evento ocorre em meio a uma transição na Secom. Na terça-feira, o ministro Paulo Pimenta (Secom) anunciou que o presidente decidiu trocá-lo pelo marqueteiro Sidônio Palmeira e já foi iniciada uma transição na pasta. Os atos foram organizados com a participação do novo titular e também da primeira-dama, segundo relatos.
Por fim, Lula participou de um ato de partidos de esquerda e movimentos sociais na praça dos Três Poderes, um abraço simbólico ao local. Ele descerá a rampa com demais autoridades.

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