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Publicada em 22 de Novembro de 2024 às 16:20

Com suspensão da dívida com a União, governo do RS encaminha revisão do RRF

Revisão do Plano do Regime de Recuperação Fiscal contempla medidas adotadas após as cheias de maio no Estado

Revisão do Plano do Regime de Recuperação Fiscal contempla medidas adotadas após as cheias de maio no Estado

Marcello Casal JrAgência Brasil
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A partir das cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 e das medidas adotadas após a catástrofe, ocorreu nesta terça-feira (19) o pedido de revisão do Plano do Regime de Recuperação Fiscal (PRRF) do Estado, contemplando os cenários e projeções estabelecidos com as enchentes. A revisão ocorre a cada dois anos e, agora, passará por análises da Secretaria do Tesouro Nacional, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Conselho de Supervisão do RRF, com expectativa de homologação no final de dezembro, quando termina o plano vigente. De acordo com a secretária da Fazenda do RS, Pricilla Santana, o PRRF incluiu premissas como os efeitos da lei que suspendeu o pagamento das parcelas da dívida do Estado por 36 meses, e também a correção dos saldos, que passou a ser feita, no período, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também incorpora projeções de despesas e receitas futuras e aquelas definidas a partir da Lei Orçamentária Anual 2025, aprovada pela Assembleia Legislativa no último dia 12, e que prevê aplicação dos recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado para captar recursos à reconstrução do Estado.
A partir das cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 e das medidas adotadas após a catástrofe, ocorreu nesta terça-feira (19) o pedido de revisão do Plano do Regime de Recuperação Fiscal (PRRF) do Estado, contemplando os cenários e projeções estabelecidos com as enchentes. A revisão ocorre a cada dois anos e, agora, passará por análises da Secretaria do Tesouro Nacional, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e do Conselho de Supervisão do RRF, com expectativa de homologação no final de dezembro, quando termina o plano vigente.

De acordo com a secretária da Fazenda do RS, Pricilla Santana, o PRRF incluiu premissas como os efeitos da lei que suspendeu o pagamento das parcelas da dívida do Estado por 36 meses, e também a correção dos saldos, que passou a ser feita, no período, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também incorpora projeções de despesas e receitas futuras e aquelas definidas a partir da Lei Orçamentária Anual 2025, aprovada pela Assembleia Legislativa no último dia 12, e que prevê aplicação dos recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado para captar recursos à reconstrução do Estado.

Há impactos na revisão do plano que decorrem do acordo firmado com o Ministério Público para cumprimento do mínimo de 25% dos gastos com Educação, com a retirada das despesas com inativos e pensionistas do cálculo do mínimo constitucional para esta área.

Também em relação a medidas de ajuste fiscal, o PRRF incorpora pedido de operações de crédito, algumas já estruturadas e encaminhadas pelo Estado para a apreciação dos órgãos federais. Conforme divulgou a Fazenda, uma operação, de US$ 50 milhões, será voltada a ações de racionalização do gasto público, e outra, de US$ 360 milhões, visa ampliar a quitação de passivos, como o pagamento de precatórios. Essa conta, por imposição constitucional, deve ser quitada até 2029 e já está sendo enfrentada pelo Tesouro do Estado desde o primeiro semestre deste ano, por meio de empréstimo tomado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid). Outra operação de crédito também está em análise junto a instituições financeiras privadas, com o objetivo de reestruturar diversos passivos, como a recomposição de depósitos judiciais.

Com relação às metas de resultado primário para fins de equilíbrio do plano, a projeção é de R$ 11,9 bilhões em 2030, quando o Rio Grande do Sul quando já estará pagando as parcelas da sua dívida na integralidade.

A secretária Pricilla Santana avaliou: “Essa é mais uma etapa nesse importante caminho do Regime de Recuperação Fiscal que estamos consolidando com o governo federal e que agora fica ainda mais alinhado à realidade fiscal do Estado a partir dos efeitos da crise climática”.
 

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