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Publicada em 06 de Novembro de 2024 às 17:08

Bolsonaro precisará que STF libere seu passaporte para ir à posse de Trump

Pedidos de liberação do documento já foram negados anteriormente pela Justiça

Pedidos de liberação do documento já foram negados anteriormente pela Justiça

MAURO PIMENTEL/AFP/JC
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Com o passaporte retido e proibido de deixar o País, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) corre o risco de não poder comparecer à posse do aliado Donald Trump. Matematicamente eleito, o norte-americano deve retomar a presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro. 
Com o passaporte retido e proibido de deixar o País, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) corre o risco de não poder comparecer à posse do aliado Donald Trump. Matematicamente eleito, o norte-americano deve retomar a presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro. 
A decisão que confiscou o passaporte de Bolsonaro se deu no âmbito das investigações de uma tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023, quando seus apoiadores invadiram a sede dos três poderes em Brasília. Para revogar a medida, os advogados do ex-presidente precisariam recorrer mais uma vez ao Supremo Tribunal Federal, que já negou o mesmo pedido anteriormente. 
Em março deste ano, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro, que desejava viajar a Israel. Na ocasião, ele havia sido convidado pelo primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu.
A decisão que retém o passaporte do ex-mandatário pode ser revertida de duas maneiras. A primeira, é por decisão individual de Moraes. Além dela, é possível que seja realizada uma votação colegiada na Primeira Turma do Supremo, em cujas mãos tramita a investigação sobre a trama golpista. 
Pelas redes sociais, Bolsonaro compartilhou nesta quinta-feira (06) um vídeo em que se compara com Trump.  Na legenda, parabenizou o aliado, agradeceu a Deus e compartilhou uma passagem bíblica: "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã". Seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acompanhou a apuração diretamente da casa de Trump, no resort Mar-a-Lago, localizado no estado americano da Flórida. 

Bolsonaro é investigado em outros inquéritos

Atualmente, o ex-presidente está inelegível. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (2023) considerou para a medida, que se estende até 2030, os ataques e mentiras perpetuados por Bolsonaro sobre o sistema de urnas eletrônicas. Além disso, ele foi indiciado pela Polícia Federal em inquéritos que investigaram o recebimento, compra e venda ilegal de joias sauditas doadas ao governo federal e possível falsificação em certificados de vacinas contra a Covid-19. 
Bolsonaro também é alvo de investigações que apuram uma possível tentativa de golpe de Estado, que inclui os ataques de 8 de janeiro. Parte delas estão englobadas no inquérito das milícias digitais, que tem o ministro Alexandre de Moraes como relator. 
Nesse contexto, o ex-mandatário pode ser processado por três crimes: tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa. Caso venha a ser condenado, pode receber pena de 23 anos de prisão e ter sua inelegibilidade estendida, podendo chegar a mais de 30 anos. 

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