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Publicada em 06 de Novembro de 2024 às 16:22

Negociações para presidência da Câmara Municipal começam a ser articuladas

José Freitas (Republicanos), Tanise Sabino (MDB) e Moisés Barboza (PSDB)

José Freitas (Republicanos), Tanise Sabino (MDB) e Moisés Barboza (PSDB)

ARTE/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
A presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre é articulada mediante acordos realizados entre as bancadas que a compõem. Assim, no início de cada legislatura, começa a ser organizada a sucessão de lideranças para cada um dos próximos quatro anos. Até o momento, as conversas preliminares demonstram uma intenção da base governista em manter a oposição fora do poder, assim como ocorreu ao longo dos últimos nove anos. A votação para determinar quem comandará os vereadores em 2025 deverá ser realizada até o final deste ano.
A presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre é articulada mediante acordos realizados entre as bancadas que a compõem. Assim, no início de cada legislatura, começa a ser organizada a sucessão de lideranças para cada um dos próximos quatro anos. Até o momento, as conversas preliminares demonstram uma intenção da base governista em manter a oposição fora do poder, assim como ocorreu ao longo dos últimos nove anos. A votação para determinar quem comandará os vereadores em 2025 deverá ser realizada até o final deste ano.
Nos bastidores do Legislativo, é possível identificar cinco nomes que têm despontado nas articulações para ocupar a presidência: Tanise Sabino (MDB), Moisés Barboza (PSDB), José Freitas (Republicanos), Comandante Nádia (PL) e o atual dirigente da Câmara, Mauro Pinheiro (PP), que buscará emplacar um terceiro mandato na liderança da Casa.
Nádia teria demonstrado interesse em angariar a presidência já no próximo ano. A atitude tem sido vista por adversários políticos como um receio da parlamentar diante do processo eleitoral que discute a cassação do seu diploma. Ela, no entanto, tem defendido que não cometeu ilegalidade. Apesar das vontades da vereadora, a base governista tende a buscar outro nome para este primeiro momento, em uma tentativa de conquistar um acordo unânime com a oposição, entre a qual os nomes de Pinheiro e Freitas possuem maior prestígio.
A oposição, que ficou escanteada ao longo das últimas duas legislaturas, quer, no entanto, apresentar um candidato à presidência e buscar liderar a Câmara pelo menos durante um dos quatro anos da legislatura. Afinal, a última vez que estiveram no comando da Casa foi em 2015, quando foi presidida pela primeira vez por Pinheiro, que era filiado ao PT à época. Ainda não há, no entanto, uma decisão quanto a possíveis nomes para entrarem na disputa.
Assim, os parlamentares de siglas ligadas ao espectro político da esquerda devem utilizar como argumento para pressionar a base governista o bom resultado nas eleições deste ano. Enquanto PT e PSOL formaram as maiores bancadas, com 5 vereadores cada, os partidos de oposição somados conquistaram um terço da composição da Câmara.
A dificuldade, no entanto, seria para angariar mais apoios. Embora seis sejam os vereadores de bancadas ditas independentes (PSDB, PDT e Novo), na prática, suas votações demonstram um alinhamento maior com os governistas. Como é necessário obter maioria absoluta para a eleição de um presidente no Legislativo, ou seja, 18 sufrágios, os 12 parlamentares de oposição não conseguiriam aprovar sozinhos uma liderança.

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