O secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, prestou esclarecimentos nesta segunda-feira (04) à Câmara Municipal. Na ocasião, participou como convidado da sessão ordinária para explicar os gastos do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática, chefiado por ele, e que pode ultrapassar as despesas previstas no projeto de lei que o criou.
Durante sua fala, ele explicitou que a prefeitura tem realizado as vistorias aos locais atingidos pelas enchentes de maio e que precisarão de reparos, mas que a reconstrução é um “desafio gigantesco”. Parte das estruturas que serão reformadas ou reabilitadas já estão em obras ou com empresas contratadas para a execução dos projetos. No aspecto da habitação, disse que o Executivo está com dificuldade de realizar os laudos exigidos pelas portarias do governo federal que oferecem programas de apoio à Prefeitura para a oferta de moradias e que teve um alto gasto com isso.
Ao todo, o Escritório mapeou um gasto essencial de R$ 1,2 bilhão. Do montante, já foram gastos R$ 495 milhões. A arrecadação, por sua vez, somando a readequação dos recursos previstos nas secretarias, os auxílios governamentais e os financiamentos contratados pela Prefeitura somam R$ 796 milhões. O valor restante, de acordo com Bremm, deve ser buscado em financiamentos nacionais já aprovados pela Câmara.
Respondendo aos questionamentos realizados por vereadores da oposição, Bremm responsabilizou o governo federal pelo sistema de proteção contra cheias, mas disse que a Prefeitura está “se antecipando” e realizando obras que devem ser cobradas da União. Além disso, falou que os projetos estão sendo realizados por consultorias com universidade holandesa e com o professor Carlos Tucci, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas do Rio Grande do Sul (IPH/Ufrgs).
Já em relação ao aumento de gastos previstos com contratações e gratificações de funcionários do Escritório, disse que até o momento o valor despendido não superou o estimado no projeto de lei que criou o órgão. “A dimensão do trabalho é gigante, é sem precedentes na história do Brasil, então o esforço para responder a isso deve ser deste tamanho, naturalmente”, complementou.