A Comissão Executiva do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou nota neste domingo (3) para comunicar a saída da ex-deputada federal gaúcha Manuela d’Ávila da sigla. “Respeitamos, mas lastimamos tal decisão”, diz o comunicado sobre o desligamento de Manuela.
A oficialização da saída de Manuela do PCdoB ocorre após ela se manifestar em um debate na internet promovido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL) que está sem partido “por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir”.
A nota divulgada pelo partido destaca a trajetória da ex-deputada federal na legenda: “Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista”.
Leia a nota na íntegra:
Sobre o desligamento de Manuela d’Ávila
Manuela d’Ávila comunicou publicamente sua saída das fileiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), depois de mais de duas décadas de militância. Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções.
Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista.
Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do País, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro.
O PCdoB, legenda centenária, envolto nas grandes lutas da contemporaneidade, sustentado pelas convicções e compromissos de seu coletivo militante e de suas lideranças, segue em sua jornada por um Brasil democrático, soberano, desenvolvido. Para tal, empenha-se no fortalecimento da frente ampla, impulsionada pela esquerda, num processo de unidade e luta, tática indispensável ao êxito do governo Lula e para isolar e derrotar a extrema-direita.
O PCdoB, na agenda da democracia interna que o rege, iniciará em breve, os debates de seu 16º Congresso. Sempre confiante na sabedoria do seu coletivo e no método de dialogar e interagir com o pensamento progressista e revolucionário de nosso país, irá debater os problemas e dilemas que desafiam a esquerda brasileira a empreender, agora e já, a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que, na concepção de seu Programa, é o caminho brasileiro para o socialismo.
Brasília, 3 de novembro de 2024
Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Manuela d’Ávila comunicou publicamente sua saída das fileiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), depois de mais de duas décadas de militância. Respeitamos, mas lastimamos tal decisão. Ser membro do PCdoB é um ato de liberdade e de convicções.
Manuela se formou no PCdoB e se integrou ao elenco das lideranças da esquerda e do campo progressista brasileiro. Alcançou esse destaque pela confluência entre suas capacidades, a força e o talento do coletivo militante e a política justa da legenda comunista.
Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do País, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro.
O PCdoB, legenda centenária, envolto nas grandes lutas da contemporaneidade, sustentado pelas convicções e compromissos de seu coletivo militante e de suas lideranças, segue em sua jornada por um Brasil democrático, soberano, desenvolvido. Para tal, empenha-se no fortalecimento da frente ampla, impulsionada pela esquerda, num processo de unidade e luta, tática indispensável ao êxito do governo Lula e para isolar e derrotar a extrema-direita.
O PCdoB, na agenda da democracia interna que o rege, iniciará em breve, os debates de seu 16º Congresso. Sempre confiante na sabedoria do seu coletivo e no método de dialogar e interagir com o pensamento progressista e revolucionário de nosso país, irá debater os problemas e dilemas que desafiam a esquerda brasileira a empreender, agora e já, a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que, na concepção de seu Programa, é o caminho brasileiro para o socialismo.
Brasília, 3 de novembro de 2024
Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Carreira política de Manuela d’Ávila
Natural de Porto Alegre, Manuela Pinto Vieira d'Ávila tem 43 anos é natural de Porto Alegre e é formada em Jornalismo pela Pucrs, universidade em que deu os primeiros passos na política pelo movimento estudantil. Filiou-se ao PCdoB em 2001 e, aos 23 anos, fez história ao ser eleita a vereadora mais jovem da Capital, em 2004, computando 9.498 votos.
O sucesso de Manuela em campanhas a eleições minoritárias não acabou por aí: em 2006, elegeu-se a deputada federal mais votada do Brasil, com 271.939 votos. Após os resultados positivos em pleitos a cargos legislativos, concorreu à prefeitura de Porto Alegre pela primeira vez em 2008, ficando em terceiro lugar e não indo ao segundo turno.
Já em 2010, Manuela repetiu o feito das eleições gerais anteriores e, com quase meio milhão de votos, foi eleita novamente a deputada federal mais votada do Brasil. Em 2011, foi escolhida pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para ser a vice-líder do governo no Congresso Nacional.
Manuela voltou a concorrer à prefeitura de Porto Alegre em 2012, quando acabou derrotada para José Fortunati (à época no PDT). Em 2014, abandonou a esfera legislativa federal e concorreu a deputada estadual do Rio Grande do Sul, elegendo-se para a Assembleia.
Em 2018, Manuela foi candidata a vice presidente do Brasil na chapa composta com Fernando Haddad (PT), que acabou derrotada para Jair Bolsonaro (PL). Em 2020, concorreu pela terceira vez ao Executivo da capital gaúcha alcançando o segundo turno, em que foi derrotada para o atual prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB). Nas eleições de 2022 e de 2024, Manuela não concorreu.
O sucesso de Manuela em campanhas a eleições minoritárias não acabou por aí: em 2006, elegeu-se a deputada federal mais votada do Brasil, com 271.939 votos. Após os resultados positivos em pleitos a cargos legislativos, concorreu à prefeitura de Porto Alegre pela primeira vez em 2008, ficando em terceiro lugar e não indo ao segundo turno.
Já em 2010, Manuela repetiu o feito das eleições gerais anteriores e, com quase meio milhão de votos, foi eleita novamente a deputada federal mais votada do Brasil. Em 2011, foi escolhida pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para ser a vice-líder do governo no Congresso Nacional.
Manuela voltou a concorrer à prefeitura de Porto Alegre em 2012, quando acabou derrotada para José Fortunati (à época no PDT). Em 2014, abandonou a esfera legislativa federal e concorreu a deputada estadual do Rio Grande do Sul, elegendo-se para a Assembleia.
Em 2018, Manuela foi candidata a vice presidente do Brasil na chapa composta com Fernando Haddad (PT), que acabou derrotada para Jair Bolsonaro (PL). Em 2020, concorreu pela terceira vez ao Executivo da capital gaúcha alcançando o segundo turno, em que foi derrotada para o atual prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB). Nas eleições de 2022 e de 2024, Manuela não concorreu.