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Publicada em 27 de Outubro de 2024 às 18:55

Sebastião Melo é reeleito prefeito de Porto Alegre com 61,53% dos votos válidos

Como primeira medida anunciada, Melo disse que instalará um escritório de transição para definir a próxima gestão

Como primeira medida anunciada, Melo disse que instalará um escritório de transição para definir a próxima gestão

TÂNIA MEINERZ/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) foi reeleito neste domingo (27) com 61,53% dos votos válidos e comandará o Executivo municipal pelos próximos quatro anos - de 2025 a 2028. Melo se elegeu ao lado de sua vice, Betina Worm (PL), e derrotou em segundo turno a chapa composta por Maria do Rosário (PT) e Tamyres Filgueira (PSOL), que obteve 38,46% dos votos. “Muito obrigado Porto Alegre. Eu vou governar para aqueles que votaram em mim, para os que votaram na adversária e para os que não votaram”, disse Melo logo após tomar conhecimento do resultado, em entrevista coletiva no Hotel Embaixador, no bairro Centro Histórico.
O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) foi reeleito neste domingo (27) com 61,53% dos votos válidos e comandará o Executivo municipal pelos próximos quatro anos - de 2025 a 2028. Melo se elegeu ao lado de sua vice, Betina Worm (PL), e derrotou em segundo turno a chapa composta por Maria do Rosário (PT) e Tamyres Filgueira (PSOL), que obteve 38,46% dos votos.

“Muito obrigado Porto Alegre. Eu vou governar para aqueles que votaram em mim, para os que votaram na adversária e para os que não votaram”, disse Melo logo após tomar conhecimento do resultado, em entrevista coletiva no Hotel Embaixador, no bairro Centro Histórico.

O prefeito abriu o espaço pra o seu atual vice Ricardo Gomes (sem partido) e a próxima Betina falarem ao público. Após, agradeceu os votos e os apoios políticos que recebeu ao longo do período eleitoral. O emedebista é o segundo prefeito reeleito em Porto Alegre desde a redemocratização, ao lado de José Fogaça (MDB, 2005-2010), que integra o seu partido. O ex-prefeito da Capital José Fortunati (PV, na época PDT) foi eleito em 2012 após comandar o Executivo por dois anos, desde 2010, quando Fogaça renunciou ao Paço Municipal para concorrer ao governo do Estado. Apesar disso, não se considera que Fortunati foi reeleito prefeito de Porto Alegre, pois a sua eleição ocorreu após se eleger como vice e, posteriormente, assumir a prefeitura.
Como primeira medida após a confirmação de sua reeleição, Melo disse que criará um escritório de transição para estabelecer as diretrizes de sua próxima gestão e para fazer o processo de escolhas de secretários. “A criação do escritório é uma demonstração clara de que não queremos acomodação. Eu quero um olhar de fora”, disse o prefeito.

Aliás, sobre o secretariado, Melo enfrentará um desafio: sua coligação era composta por oito partidos do primeiro turno, e outros três declararam apoio após o pleito de 6 de outubro. Questionado sobre este assunto, o prefeito disse que não é o momento de tratar dos secretários e que, a partir dá instalação do escritório de transição, definirá os nomes. “Vou compor um governo com técnicos e políticos”, afirmou.

Além da composição dos novos titulares das pastas em Porto Alegre, Melo abordou um dos principais assuntos da próxima gestão: a concessão do Dmae - algo que o prefeito prometeu desde a sua eleição em 2020. Durante toda a campanha, o então candidato do MDB sugeriu a concessão parcial do Departamento, com manutenção da drenagem urbana no setor público e venda dos serviços de saneamento e tratamento de água a um privado. Na primeira manifestação como prefeito reeleito, porém, recuou: “pode ser (concessão) parcial e pode ser total”.

A questão da concessão do Dmae se relaciona diretamente com o tema da prevenção contra enchentes, algo que foi amplamente debatido entre os candidatos nos debates no primeiro turno. Sobre isso, Melo declarou: “Tentaram culpar o Melo pelas enchentes, e o povo respondeu com 61% dos votos”. Ao longo de sua campanha, o prefeito utilizou do argumento que a Constituição Federal prevê que a proteção de cheias é de responsabilidade da União, com apenas alguns pontos de atribuição das esferas municipal e estadual, como a limpeza de arroios, no caso das prefeituras, e desassoreamento do Guaíba, pelo governo do Rio Grande do Sul.

A primeira e mais ambiciosa promessa de Melo logo após a confirmação de sua reeleição foi a de zerar a fila da educação infantil nos próximos quatro anos, que atualmente tem cerca de 3 mil crianças esperando por vagas na Capital. O prefeito, porém, não apresentou detalhes sobre como será feito, mas disse que buscará apoio de parceiros privados para tal.

Para acabar com a fila das creches em quatro anos, Melo precisa cumprir todo o mandato. Na coletiva, garantiu que será prefeito de Porto Alegre até 2028, apesar de rumores de bastidores de que poderia concorrer a outro cargo nas eleições gerais de 2026.

Após a coletiva, Melo se dirigiu ao comitê central de sua campanha para comemorar a vitória junto a apoiadores. Ao chegar, o primeiro movimento foi de cumprimentar os presentes e brincar: “Quem quer chinelo?”, em referência ao apelido jocoso “chinelão” criado por adversários e, posteriormente, integrado em seus jingles e ações eleitoreiras. Assim, em clima de festa, o prefeito reeleito celebrou a vitória com sua militância.

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