O segundo turno das eleições municipais de 2024 registrou o menor percentual de urnas que precisaram ser substituídas no Estado desde que o atual sistema de votação foi implementado. A informação é do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS), desembargador Voltaire de Lima Moraes, em coletiva de imprensa na sede do órgão.
Dos 6.297 equipamentos ativos neste domingo (27) nas cinco cidades gaúchas onde ocorreram eleições (Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria), apenas nove precisaram ser trocados, uma taxa de 0,15%. Nesses mesmos municípios, no primeiro turno, 38 urnas eletrônicas foram substituídas. Dessa vez, também não houve registro de falta de energia nas seções.
"Nunca se verificou algo assim na história. Uma substituição inexpressiva. Isso é fruto de muito trabalho. Encerramos um processo eleitoral extremamente tranquilo, mesmo nesse momento dificílimo que vivemos por causa das enchentes que afetaram o Estado", celebra.
O desembargador também comemora a baixa ocorrência de crimes eleitorais no Rio Grande do Sul. Segundo ele, houve apenas quatro casos de boca de urna - dois em Pelotas, um em Canoas e outro em Caxias do Sul. Também foram notificadas duas situações de injúria, duas de ameaça e uma de desobediência no Estado.
Apesar dos aspectos positivos, a abstenção eleitoral continua sendo uma preocupação no Rio Grande do Sul. No segundo turno, a taxa de pessoas que não compareceram às urnas foi superior a da primeira etapa de votação nos municípios gaúchos onde houve disputa.
Para combater isso, Moraes anunciou, ainda durante a manhã, que o TRE/RS realizará, em março de 2025, um seminário de três dias para analisar o cenário eleitoral e os motivos que estão levando à ausência de eleitores, principalmente em disputas locais. Na avaliação do magistrado, "quanto menor a abstenção, maior a legitimidade do eleito".
No Rio Grande do Sul, 2.161.454 pessoas estavam aptos a votar neste domingo. Desses, pouco mais de 700 mil não compareceram às urnas.