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Publicada em 27 de Outubro de 2024 às 13:22

Abstenção no Rio Grande do Sul preocupa e TRE-RS prevê evento para debate

Desembargador Voltaire de Lima Moraes, presidente do TRE-RS, manifesta preocupação com os índices de abstenção

Desembargador Voltaire de Lima Moraes, presidente do TRE-RS, manifesta preocupação com os índices de abstenção

Bruna Suptitz/Especial/JC
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Bruna Suptitz
Bruna Suptitz
A abstenção no primeiro turno eleitoral deste ano foi considerada alta no Rio Grande do Sul, com 23,69% de ausências, ficando na sexta posição entre os estados brasileiros. Em Porto Alegre, ainda mais alta: 31,51%, correspondente a 345.544 pessoas que deixaram de ir às urnas - o maior índice de ausentes entre as capitais.
A abstenção no primeiro turno eleitoral deste ano foi considerada alta no Rio Grande do Sul, com 23,69% de ausências, ficando na sexta posição entre os estados brasileiros. Em Porto Alegre, ainda mais alta: 31,51%, correspondente a 345.544 pessoas que deixaram de ir às urnas - o maior índice de ausentes entre as capitais.
O fenômeno repete o que ocorreu em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. Naquela ocasião, 358.217 pessoas deixaram de votar em Porto Alegre no primeiro turno, 33,08% do eleitorado à época. Aquele também foi um ano de eleição municipal.
No entanto, os percentuais diferem dos registrados em 2018 e 2022, as duas últimas eleições gerais no Brasil. Em 2022, o Rio Grande do Sul teve 18,14% de abstenções, e Porto Alegre teve 22,28%. Antes, em 2018, foram 19,78% ausentes no Estado e 22,49% na Capital.
Para buscar entender estes números, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) realizará, em março de 2025, um evento de análise do cenário eleitoral e dos motivos que levam à abstenção, em especial no âmbito das disputas locais.
“Vamos convidar sociólogos, analistas políticos, cientistas políticos, comunicadores, juristas, políticos e os partidos para que se faça uma avaliação ampla”, antecipou sobre o evento o presidente do tribunal, desembargador Voltaire de Lima Moraes.
Na avaliação do magistrado, “quanto menor a abstenção, maior a legitimidade do eleito”. Ele pondera que alguns municípios gaúchos fizeram o caminho inverso, de diminuir o índice de abstenção com o passar dos anos. Ainda aponta a pandemia, em 2020, e a tragédia climática que atingiu o Estado em 2024 como fatores que contribuíram para a ausência de eleitores nestes anos.
A partir do dia 5 de novembro será reaberta a possibilidade de cidadãos solicitarem alistamento ou transferência eleitoral. Eleitores que não votaram no 1º turno e não justificaram a falta no dia da eleição devem apresentar justificativa, até 5 de dezembro deste ano, em qualquer cartório eleitoral, pelo e-Título ou pelos portais do TSE e dos TREs na internet. Já a ausência no 2º turno da eleição deve ser justificada até 7 de janeiro de 2025.

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