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Publicada em 27 de Outubro de 2024 às 13:05

Rosário diz estar satisfeita com apoio de Lula, apesar da sua ausência em Porto Alegre

Durante entrevisa, a candidata também comentou união entre PT e PSOL em São Paulo

Durante entrevisa, a candidata também comentou união entre PT e PSOL em São Paulo

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
Em entrevista à Rádio Guaíba, a candidata Maria do Rosário (PT) negou estar descontente com o cancelamento da vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Porto Alegre para a inauguração do Aeroporto Salgado Filho. “Todas as vezes que ele (Lula) esteve aqui, eu estive com ele. Agora, ele realmente não pôde (estar aqui durante a campanha). Ele disse que no momento que no Rio Grande do Sul vivia tinha que separar o presidente do apoiador, e eu concordo com ele. Eu estou muito satisfeita com o presidente Lula”, explicou. 
Em entrevista à Rádio Guaíba, a candidata Maria do Rosário (PT) negou estar descontente com o cancelamento da vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Porto Alegre para a inauguração do Aeroporto Salgado Filho. “Todas as vezes que ele (Lula) esteve aqui, eu estive com ele. Agora, ele realmente não pôde (estar aqui durante a campanha). Ele disse que no momento que no Rio Grande do Sul vivia tinha que separar o presidente do apoiador, e eu concordo com ele. Eu estou muito satisfeita com o presidente Lula”, explicou. 
Em um contraponto, chegou a chamar a chapa encabeçada por Sebastião Melo (MDB) de “adversária da democracia”. Entretanto, isolou-o, afirmando que quem representa o bolsonarismo na campanha são suas alianças e sua vice, Betina Worm (PL), dizendo que Melo é apenas um “adversário político”.
Ela também não confirmou que a aliança entre o PT e o PSOL, inédita em Porto Alegre e que se repetiu em São Paulo, deva seguir nas eleições gerais de 2026. “Eu posso falar mais por Porto Alegre, porque a nossa aliança aqui tem algumas diferenças do que foi em São Paulo. Lá, o PT cede a cabeça de chapa por reconhecer Guilherme Boulos (PSOL) como uma liderança importante. Em Porto Alegre, esperava-se que os partidos populares estivessem fragmentados, e muita gente achava isso, e nós conseguimos uma unidade forte”, respondeu.
A vice, Tamyres Filgueira (PSOL), também participou da entrevista e comentou sobre sua origem enquanto moradora da periferia e ex-trabalhadora da Carris. “O nosso povo hoje vê uma necessidade muito grande de ter um apoio do poder público nas comunidades. Partindo da minha vida enquanto mulher negra trabalhadora que veio de uma família muito pobre eu pude me ver muito durante a campanha nas pessoas. É sobre essa vida real que a gente veio debater em Porto Alegre. Não adianta vir na campanha e mostrar uma cidade rica, que tem tudo, e que não é o que a gente vê na periferia” reclamou.
Entre as propostas, as candidatas defenderam a tarifa zero para o transporte coletivo urbano, afirmando que será um objetivo a ser alcançado ao final dos quatro anos de gestão, caso eleita. Apontando o passe livre como uma estratégia para evitar a evasão escolar, por facilitar o acesso dos estudantes ao local de estudo, criticou Melo pela retirada de isenções de tarifa a parte dos estudantes e à população idosa entre 60 e 65 anos.
Antes da entrevista, enquanto aguardava na sala de espera, a candidata comentou sobre o encontro com o adversário ocorrido minutos antes na PUCRS. "Cadê o Jornal do Comércio que publicou o Melo cheirando meu café? Eu coloco canela, então o café estava cheirando a canela, acho que foi por isso", falou. 

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