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Publicada em 22 de Outubro de 2024 às 16:30

Segundo turno no interior do RS é marcado por alianças incomuns

Eleitores do Interior voltam às urnas em Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria

Eleitores do Interior voltam às urnas em Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria

ELZA FI?ZA/ABR/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
O segundo turno das eleições municipais acontece no próximo domingo (27) em quatro cidades do interior do Rio Grande do Sul: Pelotas, Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul. A nova disputa eleitoral, no entanto, é marcada por alianças incomuns entre partidos tradicionalmente opostos, como o PSDB e o PT.
O segundo turno das eleições municipais acontece no próximo domingo (27) em quatro cidades do interior do Rio Grande do Sul: Pelotas, Santa Maria, Canoas e Caxias do Sul. A nova disputa eleitoral, no entanto, é marcada por alianças incomuns entre partidos tradicionalmente opostos, como o PSDB e o PT.

Santa Maria tem disputa clássica entre tucanos e petistas

Em Santa Maria é a única das cidades em que a disputa se dá em um cenário tradicional. Afinal, concorrem à prefeitura do “coração do Rio Grande”, de um lado, a chapa do ex-prefeito Valdeci Oliveira (PT) e seu vice José Farret (União) e, de outro, a coligação do atual vice-prefeito Rodrigo Décimo (PSDB) e da vice Lúcia Madruga (PP). As alianças também não apresentaram grandes novidades.
No primeiro turno, o candidato petista estava federado com PCdoB, PV e União Brasil, enquanto o tucano havia se aliado com PP, Cidadania, PSB, Republicanos e PSD. Para o segundo turno, ambos angariaram o apoio de partidos que não conseguiram emplacar candidatos na segunda fase da disputa eleitoral e que pertencem aos seus respectivos campos ideológicos. Assim, se uniram também ao PT o PSOL e o Rede. Por outro lado, Décimo conquistou PRD, Novo, MDB, PL e Podemos. O PDT e o Avante optaram pela neutralidade, liberando os filiados para decidirem quem irão apoiar.

Canoas contava com frente ampla já no primeiro turno

Em Canoas, as uniões inusitadas já eram vistas no primeiro turno. Afinal, o candidato à reeleição Jairo Jorge (PSD) e sua vice Maria Eunice (PT) reuniram outros nove partidos de diferentes correntes ideológicas: PCdoB/PV, PSDB/Cidadania, PDT, PSB, PSD, Podemos e Avante. Já a coligação do vereador Airton Souza (PL) e do vice Rodrigo Busato (União) apenas conquistou o PP.
Agora, no segundo turno, o candidato do PL cresceu, sendo apoiado por MDB, Republicanos, DC, Novo e PRD. O PSOL, por sua vez, optou por orientar seus eleitores a não voltarem em Souza. Assim, poderão escolher entre a abstenção e o adversário Jairo Jorge.

PT anunciou "voto crítico" no PSDB em Caxias do Sul

Em Caxias do Sul, a deputada federal Denise Pessôa (PT) não avançou ao segundo turno. Assim, o diretório petista decidiu por um “voto crítico” no candidato à reeleição Adiló Didomênico (PSDB), que concorre junto ao vice Edson Néspolo (União). A chapa, que já contava com PSDB/Cidadania, PRD, Republicanos e DC na coligação do primeiro turno também recebeu agora o apoio do MDB e do PSD.
Do outro lado, o candidato Maurício Scalco (PL) e sua vice Gladis Frizzo (PP) não angariaram nenhum novo apoio no segundo turno. Assim, permanecem com os outros partidos da coligação, o Novo e o Podemos. Dois partidos optaram pela neutralidade no segundo turno: o PDT e o PSOL. Entre os pedetistas, o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), que concorreu como vice de Denise, declarou que não votará em Adiló.

Pelotas divide tucanos após derrota de candidato do PSDB

Em Pelotas, quem não conseguiu seguir no segundo turno foi o candidato Rodrigo Estima (PSDB), que concorria junto à vice Michele Alsina (União). Nesse cenário, o diretório executivo tucano optou por manter a neutralidade, para que os filiados pudessem escolher quem apoiar. A consequência disso foi um “racha” entre as lideranças políticas do partido no município.
A prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas (PSDB) e o governador Eduardo Leite (PSDB) optaram em declarar um voto crítico no candidato Fernando Marroni (PT) e na vice Daniele Brizolara (PSOL). A coligação já possuía o PCdoB, o PV e o Rede no primeiro turno e, no segundo, conquistou o PSB, o MDB e o PDT.
Por outro lado, o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) declarou apoio ao adversário de Marroni, Marciano Perondi (PL), que concorreu em uma chapa pura sem outras alianças junto à vice Adriane Rodrigues (PL). No segundo turno, a situação é diferente. Afinal, se uniram ao PL diversas siglas: Solidariedade, União Brasil, PP, Podemos e PSD.

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