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Publicada em 14 de Outubro de 2024 às 14:21

Mulheres governarão só 8% das cidades gaúchas em 2025

No Rio Grande do Sul, mulheres representam 53% do eleitorado

No Rio Grande do Sul, mulheres representam 53% do eleitorado

Rovena Rosa/Agência Brasil/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
Apesar de serem a maioria do Rio Grande do Sul, com 51,7% representantes na população gaúcha e representarem 53% do eleitorado no estado, as mulheres são minoria quando se trata de prefeitas eleitas nos 492 municípios que já elegeram seus chefes do Poder Executivo. Somente 7,9% das cidades gaúchas serão governadas por mulheres a partir de 2025, um total de 39 prefeitas eleitas dentre as 129 candidaturas femininas registradas na Justiça Eleitoral em 2024. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar de serem a maioria do Rio Grande do Sul, com 51,7% representantes na população gaúcha e representarem 53% do eleitorado no estado, as mulheres são minoria quando se trata de prefeitas eleitas nos 492 municípios que já elegeram seus chefes do Poder Executivo. Somente 7,9% das cidades gaúchas serão governadas por mulheres a partir de 2025, um total de 39 prefeitas eleitas dentre as 129 candidaturas femininas registradas na Justiça Eleitoral em 2024. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número é somente 5,3% maior do que as prefeitas eleitas em 2020, quando 37 delas se tornaram prefeitas de 37 municípios, ou 7,5% das cidades gaúchas. Naquele ano, foram 126 candidaturas femininas nas eleições municipais do estado. Proporcionalmente, 30% das candidaturas femininas foram eleitas em 2024, enquanto os homens foram escolhidos entre 41% das candidaturas que registraram no RS.
Já para o Poder Legislativo dos 497 municípios gaúchos, as mulheres representam, em 2024, um total de 21,3% das 4.893 vagas preenchidas nas câmaras municipais. Foram 1.046 vereadoras eleitas em um universo de 26.576 candidatos registrados. O número representa um crescimento de 10,93% em relação a 2020, quando as vereadoras eleitas representavam 19,2% das cadeiras parlamentares. Proporcionalmente, em 2024, das 9,6 mil candidaturas femininas para o cargo de vereadora, 10,8% foram eleitas; entre os homens, que registraram 16,8 mil candidaturas, 22,7% conseguiu se eleger para a função.
Para diminuir a desigualdade na representação de gênero nos cargos parlamentares, em 1997 passou a ser obrigatória no País a reserva de 30% das candidaturas dos partidos ou coligações para cada sexo em eleições proporcionais. Em 2018, mais um passo foi dado, quando o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que distribuição de recursos do Fundo Partidário deve ocorrer na mesma proporção de candidaturas de ambos os sexos, no patamar mínimo de 30% de mulheres. Em 2022, o Congresso Nacional promulgou uma emenda à Constituição que ratifica o entendimento, determinando também que 30% do tempo de propaganda eleitoral gratuita das candidaturas proporcionais deve ser destinado às mulheres. Ainda assim, a mesma emenda anistiou os partidos que não destinaram os valores mínimos antes da promulgação da emenda, desobrigando-os do pagamento de multas.
Até agora essas medidas têm surtido pouco efeito, pois a baixa proporção de mulheres tanto em cargos executivos quanto nas câmaras municipais não ocorre somente no Rio Grande do Sul. Em todo o Brasil, foram eleitas 724 prefeitas em 2024, 13% dos 5.568 municípios brasileiros; para vereadora, foram 10.649 eleitas, 18% do total. Na Câmara dos Deputados, as mulheres representam 17,7% dos parlamentares eleitos em 2022.
Confira a lista das 39 prefeitas eleitas no Rio Grande do Sul em 6 de outubro
  • Alecrim – Neusa Ledur Kuhn (MDB)
  • Almirante Tamandaré do Sul – Dilse Josefina Klein Bicigo (PSDB)
  • Boa Vista do Sul – Patricia Lucia Bagatini (PSD)
  • Cacequi – Ana Paula Delolmo (MDB)
  • Camargo – Jeanice de Freitas Fernandes (MDB)
  • Campos Borges – Cleonice P. da Paixão Toledo (MDB)
  • Capão Bonito do Sul – Marizete Vargas Pereira Rauta (MDB), conhecida como Mari
  • Caseiros – Joelice Canali (PP)
  • Cruz Alta – Paula Librelotto (MDB), conhecida como Dra. Paula
  • Dois Lajeados – Fabiana Giacomin (PP), conhecida como Fabi
  • Eldorado do Sul – Juliana Carvalho (PSDB)
  • Estrela – Carine Schwingel (União)
  • Ibirubá – Jaqueline Winsch (PL)
  • Itati – Madalena Rapack (PP)
  • Jaquirana – Maria Isabel Rauber (PP)
  • Lajeado – Gláucia Schumacher (PP)
  • Maratá – Gisele Schneider (Republicanos)
  • Marau – Naura Bordignon (MDB)
  • Minas do Leão – Silvia Lasek (PP)
  • Nonoai – Adriane Perin de Oliveira (PP)
  • Nova Palma – Jucemara Rossato (PP), conhecida como Professora Jucimara
  • Novo Barreiro – Marcia Rodrigues (União)
  • Pareci Novo – Cristina Reinheimer (MDB)
  • Paverama – Michele Vargas (MDB)
  • Pedras Altas – Viviane Albuquerque (PP), conhecida como Veca
  • Pejuçara – Flaviana Basso (MDB)
  • Quevedos – Taís Fabiana da Maia Flores Rosa (PP), conhecida como Professora Taís
  • Rio Grande – Darlene Torrada Pereira (PT)
  • Santana do Livramento – Delegada Ana Tarouco (PL)
  • Santa Tereza – Gisele Caumo (PP)
  • Santo Augusto – Lílian Fontoura Depiere (PL)
  • Sapiranga – Carina Nath (PP)
  • São José do Hortêncio – Ester Elisa Dill Koch (PL)
  • São José do Sul – Juli Bender (PSD)
  • São João do Polêsine – Jaqueline Milanesi (PP)
  • Taquara – Sirlei Silveira (Republicanos)
  • Tio Hugo – Valduze Vollmer (PDT)
  • Três Cachoeiras – Fabiana Leffa (PP)
  • Três Forquilhas – Loraci Germann (PP), conhecida como Lola

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