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Publicada em 10 de Outubro de 2024 às 11:37

Confira como foi o primeiro debate do segundo turno entre os candidatos à prefeitura de Porto Alegre

Encontro entre os candidatos ocorreu na manhã desta quinta-feira

Encontro entre os candidatos ocorreu na manhã desta quinta-feira

Reprodução/Divulgação/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
O primeiro debate deste segundo turno das eleições para a prefeitura de Porto Alegre, realizado pela Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (10), iniciou-se em tom ameno e avançou para acusações polarizadas de nível federal. Sebastião Melo (MDB), com 49,72% dos votos válidos no dia 6 de outubro, acusou a adversária de usar um “discurso estatista”, enquanto Maria do Rosário (PT), que atingiu 26,28%, afirmou que a gestão do candidato à reeleição foi voltada aos “mais ricos”.
O primeiro debate deste segundo turno das eleições para a prefeitura de Porto Alegre, realizado pela Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (10), iniciou-se em tom ameno e avançou para acusações polarizadas de nível federal. Sebastião Melo (MDB), com 49,72% dos votos válidos no dia 6 de outubro, acusou a adversária de usar um “discurso estatista”, enquanto Maria do Rosário (PT), que atingiu 26,28%, afirmou que a gestão do candidato à reeleição foi voltada aos “mais ricos”.
Na abertura do confronto, a postulante do PT questionou sobre quais foram as melhorias para a cidade feitas pelo atual prefeito durante a gestão. Entre as ações citadas, Melo citou o fato de ter estendido o horário de atendimento dos postos de saúde e criado um Centro de Referência do Transtorno Autista (Certa). No entanto, ele confere os problemas de filas de espera ao atual governo Lula.
“O sistema de saúde é tripartite, e o governo federal precisa aportar mais recursos, porque a tabela do SUS é problemática. Hoje, a tabela do SUS não cobre os custos, especialmente no interior do Rio Grande do Sul, onde o sistema está desestruturado. Precisamos ajustar isso, porque temos que atender a demanda de mais de 200 municípios que são referenciados em Porto Alegre”, destacou Melo.
Maria do Rosário, por sua vez, atribuiu a “transferência de responsabilidade” como causas de problemas recorrentes na cidade, como o transporte e o abastecimento de energia. Para ela, “a privatização da Carris foi um grande golpe contra o transporte público”. Da mesma forma,  afirmou que Melo “desmontou” a SMAM (Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade) e não soube fazer o manejo adequado das árvores da cidade, contribuindo, na sua opinião, para o aumento da sensação de calor em Porto Alegre.
Ainda a respeito de projetos de urbanização, Melo citou o Parque Chico Mendes, no bairro Mário Quintana. “Ele estava destinado à privatização, e o povo aplaudiu quando investimos R$ 3 milhões nele. Hoje, as famílias estão fazendo piqueniques e aproveitando o parque, que está cercado, assim como o Parque Germânia. No entanto, eu não acredito que devemos cercar a Redenção ou o Parcão”.
Rosário apresentou-se como “uma candidata que tem uma visão voltada para a qualidade de vida”, que “não acredita na construção de grandes espigões”. Na sua avaliação, esses projetos “não contribuíram para melhorar a rede de esgotamento pluvial e cloacal, ainda fazem sombra nas casas das pessoas”.
Nas considerações finais, Melo salientou as diferenças entre as propostas: "De um lado, temos um projeto que aposta na prosperidade, no desenvolvimento econômico e na sustentabilidade, valorizando as parcerias. Do outro, há um projeto que eu respeito, mas não concordo, que busca recriar muitas estruturas públicas e defende a ampliação de conselhos".
A petista concordou a respeito da diversidade de ideias, e finalizou fazendo um apelo aos cidadãos que não compareceram às urnas no primeiro turno. “Aqueles que não foram votar, que estão desencantados com a atual gestão e com a política, podem ter certeza de que a cidade em que vivemos pode e vai melhorar”, sublinhou Maria do Rosário.

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