Neste domingo (6), quase 156 milhões de brasileiros são esperados para escolher os gestores das 5.569 cidades brasileiras, nas eleições municipais. Em 2024, são 15.574 candidatos a prefeito, uma média de 2,8 candidaturas por vaga.
No caso das câmaras municipais, são 431.995 candidatos a vereador que disputam um total de 58.444 cadeiras parlamentares. É um contigente 16,6% menor do que na eleição de 2020, quando 518.485 nomes se candidataram ao cargo. O dado é decorrência de uma mudança na lei eleitoral, que obriga que as nominatas dos partidos e federações tenham, no máximo, o mesmo número de candidatos que de cadeiras nos legislativos municipais.
Somente 103 municípios brasileiros, 1,8% do total, poderão ter segundo turno, caso nenhum candidato tenha sido eleito por maioria absoluta (metade mais um dos votos válidos). A regra vale para cidades com mais de 200 mil eleitores aptos a votar. Juntas, essas cidades somam 60,5 milhões de eleitores, 38,8% do eleitorado nacional.
No Rio Grande do Sul, apenas cinco dos 497 municípios gaúchos se enquadram nessa regra: Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria. Juntos, eles concentram 24,8% dos 8.682.558 eleitores do estado, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, em 214 municípios brasileiros, não há uma disputa real: são municípios com candidaturas únicas, em que basta um voto para eleger o prefeito ou prefeita. O RS é o estado brasileiro com mais candidaturas únicas em 2024: são 43 municípios. Outras 286 têm dois candidatos na disputa. Porto Alegre e Santa Maria são as que tem mais concorrentes no RS: oito e sete candidatos, respectivamente.
O estado também vive uma realidade particular no contexto das eleições 2024, por conta da calamidade provocada pela enchente de maio. Em 27 municípios gaúchos houve a necessidade de realocação de 57 locais de votação, com seções eleitorais que reúnem 82 mil eleitores. As mudanças podem ser conferidas no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS). A Justiça Eleitoral também substituiu 5,8 mil urnas eletrônicas que foram avariadas pela enchente nos depósitos do órgão.
Eleitor pode levar colinha à cabine; confira ordem de votação
O uso da popular “colinha”, com o número dos candidatos a prefeito e vereador, é permitida pelo TSE e até estimulada, para facilitar e agilizar o processo de votação. Ainda assim, a votação é mais sucinta do que nas eleições gerais, que acontecerão em 2026. Primeiro, é digitado o voto para vereador e, depois, para prefeito.
Para vereador, são cinco dígitos. Os dois primeiros correspondem ao partido político (caso em que é possível votar somente na legenda) e os três seguintes são os que identificam a candidata ou o candidato ao cargo. Para prefeito, o número a ser digitado na urna eletrônica é composto de dois dígitos. Após o registro do último voto, aparecerá, na tela da urna, a palavra “FIM”.
Antes do pleito, o eleitor pode, inclusive, simular o processo de votação no site do TSE, da mesma maneira que ocorrerá no dia da eleição, como se estivesse diante da urna eletrônica.