As redes sociais são marcadas por uma disseminação regular e ágil de informações falsas, em um fluxo que se intensifica no período eleitoral, o que pode confundir e induzir o eleitor ao erro, com julgamentos e opiniões formadas com base em mentiras.
Além de diversas iniciativas de veículos de comunicação que “desmascaram” a desinformação que circula em aplicativos de mensagens e outros meios, a própria Justiça Eleitoral tem o site Fato ou Boato, no qual o eleitor pode consultar os temas mais difundidos, referentes ao processo eleitoral.
Algumas das verificações são feitas em parceria com agências de checagem e veículos de imprensa, já que o dia a dia do trabalho jornalístico envolve a verificação de informações e o uso de dados de fontes confiáveis. Um exemplo é o boato de que o voto servirá como prova de vida ao INSS. A página esclarece que “no dia da eleição em 2024, nada mais será apurado nem utilizado para qualquer cidadã ou cidadão de qualquer idade que não a escolha de seu representante no Poder municipal”.
Em outra frente, o site da Comissão Permanente de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) também tem links para que o eleitor possa fazer denúncias de fake news sobre o processo eleitoral à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público sobre desinformação disseminada a respeito de candidatos.
A iniciativa do TRE também dá instruções ao eleitor para identificar uma notícia falsa. Confira abaixo:
- Não ler só o título - Uma estratégia muito utilizada pelos criadores de conteúdo falso na internet é criar títulos bombásticos. Ler o texto completo é um passo básico para evitar o compartilhamento da desinformação. Muitas vezes, a leitura da matéria permite concluir que os fatos descritos não correspondem ao título provocativo.
- Verificar o autor - É importante verificar quem é o autor da matéria. Se um repórter assina o texto, há como responsabilizar o site pela qualidade da informação. Saber quem escreveu determinado texto é importante para dar credibilidade ao que está sendo veiculado.
- Reconhecer o site - Não deixe de visualizar a página da internet onde está a notícia. Navegar mais no site ajuda a analisar sua credibilidade.
- Observar o estilo do texto - As reportagens jornalísticas, em geral, valorizam o bom vocabulário e o uso correto da gramática. Por sua vez, os sites com notícias falsas ou mensagens divulgadas pelo WhatsApp tendem a apresentar uma escrita fora do padrão, com erros de português e quantidade exagerada de adjetivos.
- Olhar a data de publicação - Identifique quando a notícia foi publicada. Muitas vezes, o texto está simplesmente fora de contexto. Há também notícias que, embora não sejam falsas, estão desatualizadas.
- Sair da bolha da rede social - Para estar bem informado, o eleitor deve ler e acompanhar o noticiário – mas não somente via redes sociais. É preciso buscar fontes e veículos com trajetória de prestação de serviços de informação à comunidade. Isso evita uma visão distorcida do que está acontecendo.
- Desconfie de alguns chavões - É comum que as notícias falsas iniciem com alguma menção à proibição ou boicote a alguma informação na imprensa e resto da internet. Pedidos de agilidade no compartilhamento também são usuais e visam impedir que a pessoa reflita sobre o que lê, agindo por impulso. Cultive o hábito de refletir antes de compartilhar.