Tema fundamental para o futuro da cidade, a educação é amplamente pautada nos planos de governo dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Entre os principais pontos, se destacam propostas de zerar ou reduzir o déficit de vagas em creches municipais para crianças de 0 a 3 anos, de aumentar a oferta de escolas com tempo integral e de criar ou não escolas cívico-militares na Capital, assunto polêmico nos últimos anos, pois há políticos favoráveis e contrários à medida.
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O candidato à reeleição em Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) é um dos candidatos que defende as escolas cívico-militares e propõe em seu plano de governo criar mais dois colégios deste tipo. Além disso, pretende zerar a demanda de vagas para crianças de até 3 anos, aumentar o horário estendido nas creches e ofertar contraturno em todas as escolas municipais de Ensino Fundamental. Melo também projeta fortalecer os programas já implementados na sua gestão, como o Alfabetiza+POA, de alfabetização da idade certa.
Maria do Rosário (PT) propõe aumentar a oferta de educação em tempo integral por pelo menos 7 horas em escolas municipais de educação infantil e de ensino fundamental, ampliar o investimento da receita líquida de impostos na área e revitalizar o Conselho Municipal de Educação. A petista também pretende rever a atual política de contratos emergenciais de professores e de parcerias estabelecidas no município. Maria ainda prevê afirmar princípios de educação popular em Porto Alegre e investir na construção e reforma de prédios educacionais.
A educação é a principal bandeira do PDT desde a sua fundação em 1979, e o plano de governo de Juliana Brizola (PDT) não esconde isso, com mais de 40 itens de propostas específicas sobre o assunto. Entre as principais proposições, estão a criação de 3 mil vagas em creches, a instituição de piso inicial de R$ 3 mil para professores e a oferta de bolsa de incentivo à não evasão no valor de R$ 150 por mês aos estudantes das séries finais do ensino fundamental. Brizola também prevê expandir gradualmente as matrículas em tempo integral, para atender 50% da rede até 2028, ano em que encerraria seu mandato, caso eleita.
Felipe Camozzato (Novo) traz em seu plano de governo maior destaque para a educação básica e para os ensinos de português e matemática no município. O candidato do partido Novo propõe criar um programa de monitoramento individualizado de deficiências nessas disciplinas, e retomar a Prova Porto Alegre para avaliar o andamento da educação nestas áreas. Além disso, Camozzato planeja reduzir o déficit de vagas em creches, atualizar os valores pagos às redes conveniadas e retomar a Olímpiada Porto-Alegrense de Matemática.
A candidata Fabiana Sanguiné (PSTU) projeta zerar o déficit em creches no município e ampliar a oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ela também propõe efetivar os trabalhadores contratados em escolas, repor as perdas salariais de educadores e retomar os planos de carreira. Sanguiné planeja finalizar qualquer projeto de escola cívico-militar no município e fazer com que aquelas já militarizadas retornem ao modelo anterior de educação.
Já Luciano Schafer (UP) propõe instituir programas para extinguir com o analfabetismo em Porto Alegre e promover educação sexual. O candidato da UP também projeta o fim das Parcerias Público-Privadas (PPPs), das privatizações e das terceirizações nas escolas. Schaefer também planeja criar bibliotecas públicas, escolas e creches nas regiões da cidade com maior demanda.
Assim como outros candidatos, Carlos Alan (PRTB) propõe diminuir o déficit de vagas e investir em reforma, manutenção e revitalização de escolas da rede municipal. Ele também projeta garantir o fornecimento de uniformes e materiais escolares aos estudantes e implantar um novo sistema de ensino, através de Apostilas na Educação Infantil e Fundamental. Alan promete ainda desenvolver um projeto para segurança viária no entorno de todas as escolas municipais.
O candidato César Pontes (PCO) não apresenta propostas para a educação em seu plano de governo.