Porto Alegre foi uma das cidades intensamente afetadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de maio. Como consequência dessa catástrofe ambiental, o desemprego no município preocupa. Por isso, propostas de emprego e renda pautam todos os programas de governo dos candidatos à prefeitura da Capital, que estão disponíveis ao público no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Carlos Alan (PRTB) planeja manter e ampliar os programas municipais de estágio, criar programas de divulgação e fortalecimento do comércio e da prestação de serviços, qualificar a mão de obra por cursos técnicos, desenvolver ações de turismo e promover feiras e mostras no município. Em relação à indústria, propõe medidas de incentivo a micro e pequenas empresas e a construção de um barracão industrial.
Enquanto isso, César Pontes (PCO) sugere aumentar o piso salarial dos funcionários municipais para R$ 7 mil, criar novos empregos e um sistema de crédito para os pequenos empresários. Além disso, propõe reduzir o IPTU e acabar com a repressão a camelôs e ambulantes em Porto Alegre.
Fabiana Sanguiné (PSTU), por sua vez, sugere uma mudança na estrutura da distribuição de renda no município. Além disso, foca suas iniciativas na retomada econômica no pós-enchentes, incluindo a proibição de demissões, a suspensão de contratos ou descontos de salários sobre os atingidos. Para as grandes empresas que infringirem essa regra, promete a expropriação para colocá-las nas mãos dos trabalhadores.
Felipe Camozzato (Novo) coloca a geração de empregos como um dos principais nortes da candidatura. Apesar disso, detalha pouco suas proposições na área. No programa de governo, cita como medidas a redução de tributos e a ampliação de parcerias público-privadas buscando “gerar empregos e desenvolvimento econômico local”. Ele também compreende a geração de renda como uma ação de assistência social para “redução da condição de vulnerabilidade das famílias”.
Juliana Brizola (PDT) procura fortalecer programas já existentes. Entre eles, o ecossistema de economia criativa, no qual deseja integrar iniciativas de fomento a negócios de impacto social e inovação, e o Territórios Inovadores, buscando fortalecer as periferias. Como novas iniciativas, deseja lançar o programa "Feito em POA" para valorizar e promover produtos e serviços produzidos em Porto Alegre, criar o Porto Alegre Innovation District, estabelecer o Comitê Porto Alegre 4.0 e elaborar o Plano Estratégico de Transição para a Indústria 4.0, implementar o Polo Industrial e Tecnológico da Saúde (PITS) e expandir a agricultura familiar e urbana.
Luciano Schafer (UP) propõe implantar Frentes Emergenciais de trabalho e redes locais de socialização do trabalho doméstico. Além disso, propõe retomar a valorização de todos os serviços públicos com o fim das privatizações e o restabelecimento dos empregos. Fazer concursos para ampliar os quadros de servidores municipais, elevando também seus salários. Também enfoca na oferta de primeiro emprego e na ampliação das cotas nas vagas públicas. Algumas mudanças no formato de trabalho sugerido são a redução da jornada para 6 horas diárias sem redução salarial e a implementação da escala 4x3 no serviço municipal exceto para serviços essenciais.
Maria do Rosário (PT) quer que a prefeitura assuma um papel de fomento à infraestrutura de inovação tendo como modelo o Projeto Porto Alegre Tecnópole, realizado entre 1995 e 2004 na cidade, implementando, por exemplo, o Fundo Municipal de Inovação e Tecnologia (FIT). Também sugere agilizar e incentivar micro e pequenas empresas, além de startups e revisar o Parque Tecnológico Urbano do 4º Distrito. Focando nas minorias sociais e nas pessoas com deficiência, a candidata deseja fomentar iniciativas que promovam a empregabilidade dessas populações.
O atual prefeito e candidato à reeleição Sebastião Melo (MDB) sugere fortalecer programas existentes, como Creative, Centro+ e 4D, potencializar o Escritório do 4º Distrito e ampliar programas de microcrédito, de implantação de Hubs Comunitários de Inovação e o Territórios Inovadores. Além disso, promete fortalecer os setores de turismo e eventos. Em relação a impostos, planeja manter as atuais taxas e reduzir alíquotas quando possível, mas buscando manter um equilíbrio fiscal, assim como implementar um programa de cashback do ISS.