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Publicada em 25 de Setembro de 2024 às 17:40

Dia de debates preencheu agenda de candidatos em Porto Alegre

Programa na Rádio Guaíba teve tom irônico na interação dos concorrentes

Programa na Rádio Guaíba teve tom irônico na interação dos concorrentes

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
Já próximo à reta final da campanha do primeiro turno das eleições à prefeitura de Porto Alegre, a quarta-feira (25) preencheu a agenda dos quatro principais candidatos do pleito com dois debates transmitidos pelo rádio, na rádio Gaúcha, com início às 8h10min, e na Guaíba, realizado no teatro da Amrigs, na Capital, das 13h10min até quase 16h.
Já próximo à reta final da campanha do primeiro turno das eleições à prefeitura de Porto Alegre, a quarta-feira (25) preencheu a agenda dos quatro principais candidatos do pleito com dois debates transmitidos pelo rádio, na rádio Gaúcha, com início às 8h10min, e na Guaíba, realizado no teatro da Amrigs, na Capital, das 13h10min até quase 16h.
O Jornal do Comércio acompanhou no local o debate vespertino, que trouxe interações entre Felipe Camozzato (Novo), Juliana Brizola (PDT), Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT), foi marcado pelo tom de ironia nas perguntas e respostas proferidas pelos concorrentes durante os seis blocos do programa. Além do momento de apresentação, considerações finais e da pergunta sobre atendimento de urgência em saúde feita pela Amrigs, em três blocos os candidatos fizeram perguntas entre si sobre temas livres. Em outro bloco, o tema foi sobre a enchente, com interações entre os debatedores.
No primeiro bloco, a livre escolha fez com que os próprios candidatos evitassem o confronto direto entre os principais adversários da disputa eleitoral. Camozzato interagiu somente com Melo, enquanto Juliana só falou com Maria do Rosário. Isso não se repetiu nos demais blocos, o que permitiu uma discussão mais acirrada entre os candidatos à prefeitura.
Camozzato, em comparação a outros debates, foi mais crítico a Juliana do que em outras ocasiões em que dirigia a maior parte dos ataques a Maria, mas também não poupou nem a petista e nem Melo, que normalmente é poupado pelo deputado estadual. Afirmou que o ex-prefeito José Fortunati, que hoje apoia Maria, foi prefeito do PDT de Juliana Brizola e teve justamente Melo como vice, tentando provar o ponto de que os adversários são “mais do mesmo”. Em relação às propostas, o candidato do Novo defendeu a concessão do Dmae e outras privatizações, propôs a realização de uma prova municipal para a avaliação da qualidade da educação da rede pública, subsídio ao transporte público baseado em pesquisas de satisfação com usuários e telemedicina para diminuir filas de consultas e exames na Saúde.
Juliana seguiu a linha de representar uma alternativa à “polarização” representada por Melo e Maria, e evitou polemizar sobre a questão das privatizações, afirmando que o que interessa à população é ter um bom serviço público, com preço justo no caso da tarifa do transporte coletivo. A pedetista novamente acusou Melo de má gestão à frente da prefeitura, mas também acusou Maria de não ter uma articulação satisfatória com o governo federal, além de insinuar que Camozzato é inexperiente. Entre as propostas, a pedetista defendeu o uso de telemedicina, com a consulta a especialistas externos durante o encontro com o paciente, a realização de um mutirão para pôr fim às filas por consultas e exames em seis meses e a melhoria dos índices de educação com a aplicação do período integral nas escolas.
Com uma postura menos defensiva em relação a sua gestão durante a enchente na Capital, Melo acusou Maria de “estar torcendo para chover muito” e que a petista escolhe “sempre ver o lado ruim”. Também disse que Juliana Brizola é “um PT genérico” ao ser criticado sobre o tema. Camozzato, ao contrário, foi elogiado por ter sido um dos autores da Lei da Liberdade Econômica que, segundo o emedebista, “trouxe muita coisa boa para a cidade”. Além de apontar as obras de reconstrução que a prefeitura já está realizando na cidade, o emedebista prometeu que, se reeleito, enviará à Câmara Municipal para votação o projeto de concessão do Dmae e a revisão do Plano Diretor e, na Saúde, disse que transformará em policlínicas os atuais centros de referência em saúde, além de uma parceria-público-privada na educação para a manutenção das escolas municipais.
Mais na defensiva neste que em outros debates, Maria do Rosário afirmou que sua articulação com o governo federal trouxe ganhos para a cidade e defendeu sua posição contra privatizações ao rebater Felipe Camozzato, defendendo a não-concessão do Dmae e a recriação do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP). Ela acusou o atual prefeito de negligência durante a enchente e disse “rezar para que Melo faça seu trabalho”, e não teceu críticas a Juliana Brizola. A petista propôs a atração de investimentos para a Capital com o fortalecimento de uma indústria de insumos para a área de saúde, a criação de policlínicas, e o aluguel de casas para servir de apoio à rede municipal de creches em diferentes regiões da cidade.
O programa teve dois pedidos de resposta, de Sebastião Melo e Juliana Brizola, negados pela equipe jurídica da emissora por terem entendido não haver ofensa pessoal que justificasse o espaço.

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