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Publicada em 24 de Setembro de 2024 às 18:22

Confira as propostas de mobilidade urbana dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre

Privatização da Carris concretizada neste ano é alvo de divergências entre os candidatos

Privatização da Carris concretizada neste ano é alvo de divergências entre os candidatos

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
Entre as propostas dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, um tema que se destaca é a mobilidade urbana. Os programas de governo estão disponíveis para consulta pública pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tanto o transporte público quanto o incentivo a outros modais fazem parte da pauta dos candidatos. Os postulantes ao Executivo focam em diferentes estratégias, especialmente em relação à concessão da Carris à iniciativa privada concretizada no início deste ano.
Entre as propostas dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, um tema que se destaca é a mobilidade urbana. Os programas de governo estão disponíveis para consulta pública pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tanto o transporte público quanto o incentivo a outros modais fazem parte da pauta dos candidatos. Os postulantes ao Executivo focam em diferentes estratégias, especialmente em relação à concessão da Carris à iniciativa privada concretizada no início deste ano.
Buscando a reeleição, o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) exalta ações de sua atual gestão diante do Paço Municipal. Entre elas, cita a manutenção do valor da passagem, a aquisição de novos ônibus, a privatização da Carris e a expansão de ciclovias. Para um novo mandato, ele propõe obras de duplicação e qualificação de vias públicas, a busca pela viabilização de uma nova ciclovia na avenida Ipiranga, a ampliação da frota de ônibus elétricos, a construção de novos terminais de ônibus e a manutenção de “política tarifária realista dentro das condições orçamentárias da Prefeitura”. Pensando em incentivar outros modais, busca viabilizar a revisão do Plano Diretor Cicloviário Integrado.
A adversária com maior possibilidade de concorrer contra Melo em um eventual segundo turno de acordo com as pesquisas, Maria do Rosário (PT) também busca revisar o Plano Diretor Cicloviário. No entanto, ela promete revisar a desestatização da Carris “tendo como propósito a defesa do interesse público e do direito à cidade”. Outras iniciativas são a implantação de um passe livre estudantil já no primeiro ano de governo, a retomada da implementação do transporte hidroviário na cidade, a criação de um aplicativo de transporte municipal para taxistas e motoristas de aplicativos, o fortalecimento da estrutura da Trensurb na Capital e a implementação de Bus Rapid Transits (BRT’s) nas Zonas Leste e Sudeste e de veículo leve sobre trilhos na Área Central e nas Zonas Sul e Centro Sul.
Juliana Brizola (PDT) investe tanto na frota de ônibus elétrica, prometendo dar continuidade ao plano atual de ter 20% da frota com essa fonte de energia até 2028, quanto nas isenções tarifárias. Ela propõe viabilizar a gratuidade do passe livre estudantil e desenvolver um sistema de integração tarifária entre o Bike POA e o transporte público. Além disso, fala em ampliar linhas dos coletivos urbanos, especialmente na periferia, e em expandir e qualificar a rede de corredores exclusivos e faixas prioritárias.
Felipe Camozzato (Novo), por sua vez, promete estudar uma reestruturação do modelo de transporte público da Capital. Para isso, diz que buscará utilizar tecnologia para aprimorar os aplicativos de horário e trajeto dos ônibus, a revisão do sistema de corredores de ônibus e a adoção de critérios meritocráticos para definir o montante destinado ao subsídio da tarifa, o que seria feito com base no nível de satisfação dos usuários. Outras propostas são a racionalização das ciclovias e a eliminação de “semáforos desnecessários”.
Carlos Alan (PRTB) busca focar em obras de infraestrutura ao invés de abordar questões relativas ao transporte público. Suas propostas são a implantação de faixas elevadas para pedestres nas escolas municipais, as melhorias das condições de acessibilidade nas vias, reformas de calçadas e ruas e a pavimentação ou recapeamento asfáltico das ruas. Ao Jornal do Comércio, disse querer implementar metrô no município.
César Pontes (PCO) defende a ideia de que o transporte público deve ser acessível por ser considerado um direito da população. Assim, promete estatizar totalmente o sistema de transporte com uma empresa pública responsável pela integração de todo o sistema de mobilidade, que deverá ser completamente gratuito para os cidadãos.
Fabiana Sanguiné (PSTU) também foca na estatização das empresas de transporte, incluindo a anulação da privatização da Carris. Outras propostas são o aumento de impostos sobre grandes empresas para a viabilização da tarifa zero por subsídios, a organização de um Conselho Popular dos Transportes e Mobilidade Urbana e a construção de um metrô com financiamento federal.
Por fim, Luciano Schafer (UP) deseja realizar auditoria de todos os contratos de concessão do transporte coletivo, com a transferência das concessões para a Carris, a qual deseja reestatizar, e também defende a tarifa zero. Outras propostas incluem o retorno dos cobradores de ônibus, a criação de uma empresa pública que opere aplicativos de transporte e de um sistema público de bicicletas compartilhadas, a ampliação das ciclovias em todos os bairros e a integração dos serviços de transporte público.

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