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Publicada em 19 de Setembro de 2024 às 18:10

A duas semanas da eleição, candidatos debatem propostas para Porto Alegre

Felipe Camozzato (Novo), Juliana Brizola (PDT), Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo debateram nesta quinta-feira (19)

Felipe Camozzato (Novo), Juliana Brizola (PDT), Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo debateram nesta quinta-feira (19)

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Quatro candidatos à prefeitura de Porto Alegre debateram nesta quinta-feira (19) suas propostas e ideias para a cidade, em encontro organizado pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) e outras entidades do setor. Felipe Camozzato (Novo), Juliana Brizola (PDT), Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo (MDB) marcaram presença no evento. O debate foi dividido em quatro blocos, com alguns momentos de perguntas preparadas pelas organizações comerciais e outros de confrontos diretos. Na primeira rodada, os candidatos responderam seus projetos para conter as mudanças climáticas e proteger a cidade contra eventuais eventos extremos, como as enchentes de maio de 2024.
Quatro candidatos à prefeitura de Porto Alegre debateram nesta quinta-feira (19) suas propostas e ideias para a cidade, em encontro organizado pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) e outras entidades do setor. Felipe Camozzato (Novo), Juliana Brizola (PDT), Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo (MDB) marcaram presença no evento.

O debate foi dividido em quatro blocos, com alguns momentos de perguntas preparadas pelas organizações comerciais e outros de confrontos diretos. Na primeira rodada, os candidatos responderam seus projetos para conter as mudanças climáticas e proteger a cidade contra eventuais eventos extremos, como as enchentes de maio de 2024.

As candidatas Juliana Brizola e Maria do Rosário defenderam reavaliar as estruturas de proteção e realizar a manutenção e as obras necessárias. A petista aproveitou para criticar a gestão de Sebastião Melo, ao apontar falta de investimento no Dmae. Já Brizola afirmou a pretensão de instalar geradores de energia nas casas de bomba e implantar um sistema de alerta contra enchentes na cidade.

O atual prefeito da Capital pontuou que as chuvas de maio atingiram mais de 400 municípios, e que o sistema não aguentou a quantidade de água que veio do Guaíba. Ainda citou os investimentos de R$ 500 milhões já anunciados pelo seu governo para obras em diques e outras edificações de proteção. Felipe Camozzato criticou o que chamou de “duas narrativas” sobre a tragédia, e enfatizou a necessidade de realizar amplo diagnóstico do sistema para avaliar o que é necessário ser feito.

Após responderem sobre as propostas para a contenção de cheias, os candidatos partiram para uma série de confrontos diretos, em que, em algumas oportunidades, realizaram perguntas de tema livre e em outras atenderam a questionamentos preparados pelas entidades comerciais. Pelas regras do debate definidas previamente, todos os adversários se enfrentaram diretamente pelo menos duas vezes.

Tentando a reeleição, o prefeito Sebastião Melo utilizou seu tempo no debate para reafirmar ações realizadas pela sua gestão e indicar a continuação de projetos. O emedebista recebeu críticas dos adversários, especialmente Maria e Juliana, sobre a falta de manutenção do sistema de proteção contra enchentes, a fila de espera para atendimento na saúde e o déficit de vagas em creches municipais.

Maria do Rosário discordou do atual prefeito e de sua gestão. Em certo momento, ao chamar Melo para o debate e abordando as enchentes, criticou a “transferência de responsabilidade” do governo municipal para outras esferas, afirmando que faltou manutenção do sistema de proteção. A petista ainda disse que, caso eleita, vai trabalhar para finalizar obras do Centro Histórico e investir para o fomento do turismo na Capital.

Juliana Brizola se aliou à petista nas críticas à atual gestão, mas também realizou questionamentos sobre a capacidade de diálogo de Maria com diferentes. A pedetista destacou a sua coligação composta por partidos de ideologias diversas como um exemplo de como trabalharia no governo de Porto Alegre. Além disso, abordou diversas vezes o tema da educação, bandeira histórica de sua legenda, e afirmou o compromisso de aumentar a oferta de ensino em tempo integral. Ainda citou a proposta de realizar um mutirão para zerar a fila da saúde na Capital, algo que pretende fazer em seis meses.

Felipe Camozzato se aliou a Melo em diversos momentos e teceu alguns comentários positivos sobre a atual gestão, mas criticou, por exemplo, a não concessão do Dmae. O candidato do Novo concentrou suas avaliações negativas em Maria do Rosário e nos governos passados do PT na Capital, que comandaram a cidade entre 1988 e 2004. Camozzato se apresentou como uma alternativa diferente das demais para a prefeitura, e citou a participação dos demais adversários em conjunto ao longo de gestões anteriores em Porto Alegre.

O debate foi promovido pela ACPA, CDL POA, SHPOA, SINDHA e Sindilojas POA.

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