Cinco jornalistas de veículos gaúchos de imprensa debateram nesta quarta-feira (18) sobre o cenário eleitoral no Rio Grande do Sul e no Brasil, durante o evento “Análises e Tendências das Eleições Municipais 2024” do Tá na Mesa, da Federasul. Participaram do encontro Fernando Albretch, colunista do Jornal do Comércio, Guilherme Macalossi, gerente de jornalismo da Rádio Bandeirantes e BandNews FM, Mauren Xavier, editora de política do Correio do Povo, Paulo Egídio, jornalista de Zero Hora e GZH, e Paulo Sérgio Pinto, jornalista e vice-presidente da Rede Pampa.
A conversa foi mediada pelo presidente em exercício da Federasul, Rafael Goelzer, que realizou breve apresentação do tema a ser debatido no evento. Na oportunidade, o dirigente da entidade falou sobre a importância de a sociedade civil informar com qualidade os agentes públicos em cargos eletivos, a partir do jornalismo e outras organizações.
Representando o Jornal do Comércio, Fernando Albretch abriu a conversa e falou sobre a relevância do “imponderável” em eleições, ou seja, das coisas não previstas que podem vir a acontecer. Neste sentido, o titular da coluna “Começo de Conversa” analisou os efeitos eleitorais das enchentes de maio na disputa à prefeitura de Porto Alegre. “O impacto (das enchentes) é discutível. Afetou, sim, algumas camadas, mas não na intensidade que muitos achavam que iria impactar, de forma geral, todos os atingidos”, disse Albretch.
O colunista também tratou de temas como redes sociais, fake news, inteligência artificial e os debates eleitorais. No caso deste último, Albretch questionou se há necessidade de tantas agendas deste tipo, especialmente em primeiro turno. “Quando se fala em debate, quantos podem realmente ou querem assistir até o fim?”, indagou o jornalista ao abordar a participação da audiência nos confrontos diretos entre candidatos.
Aliás, o tema dos debates foi discutido em vários momentos do encontro. Guilherme Macalossi tratou do “efeito Pablo Marçal”, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo que constantemente realiza ataques a todos os adversários e, recentemente, foi agredido por José Luiz Datena (PSDB) durante debate após diversas provocações de Marçal. Para o gerente de jornalismo da Rádio Bandeirante e BandNews FM, os organizadores de debates precisam ajustar as regras para que acontecimentos como esse não se repitam, e candidatos possam utilizar dos espaços para apresentarem suas propostas, e não somente proferirem ofensas aos concorrentes.
Além disso, Macalossi comentou a corrida à prefeitura de Porto Alegre e os resultados das pesquisas eleitorais recentes, que apontam para vantagem cada vez maior do atual prefeito Sebastião Melo (MDB) sobre os adversários. Apesar deste cenário, ele destacou um dado que consta nos levantamentos e, muitas vezes, passa despercebido: as pesquisas espontâneas. O gerente de jornalismo argumentou que, em razão do grande número de eleitores que ainda não decidiram o coto, o resultado da eleição na Capital ainda está em aberto.
Também abordando as eleições em Porto Alegre, Mauren Xavier definiu o pleito deste ano como “simbólico”, justamente em função das cheias de maio de 2024. "Por mais que as águas não estejam mais nas ruas, as marcas e os efeitos delas ainda estão. Neste momento, economicamente, o Estado de maneira geral está ainda num momento de pujança em função de repasses e de recursos públicos de todas as esferas, o que nos dá uma brecha sobre como efetivamente se manterá ao longo do resto, e isso cairá no colo dos gestores municipais”, pontuou Mauren.
A editora de política do Correio do Povo também falou sobre a importância da próxima legislatura em Porto Alegre. Mauren lembrou que um dos projetos mais importantes para o futuro de uma cidade, o Plano Diretor, deve ser encaminhado à Câmara Municipal da Capital em 2025, e caberá aos próximos vereadores eleitos definir e articular no parlamento as prioridades deste programa.
A conversa foi mediada pelo presidente em exercício da Federasul, Rafael Goelzer, que realizou breve apresentação do tema a ser debatido no evento. Na oportunidade, o dirigente da entidade falou sobre a importância de a sociedade civil informar com qualidade os agentes públicos em cargos eletivos, a partir do jornalismo e outras organizações.
Representando o Jornal do Comércio, Fernando Albretch abriu a conversa e falou sobre a relevância do “imponderável” em eleições, ou seja, das coisas não previstas que podem vir a acontecer. Neste sentido, o titular da coluna “Começo de Conversa” analisou os efeitos eleitorais das enchentes de maio na disputa à prefeitura de Porto Alegre. “O impacto (das enchentes) é discutível. Afetou, sim, algumas camadas, mas não na intensidade que muitos achavam que iria impactar, de forma geral, todos os atingidos”, disse Albretch.
O colunista também tratou de temas como redes sociais, fake news, inteligência artificial e os debates eleitorais. No caso deste último, Albretch questionou se há necessidade de tantas agendas deste tipo, especialmente em primeiro turno. “Quando se fala em debate, quantos podem realmente ou querem assistir até o fim?”, indagou o jornalista ao abordar a participação da audiência nos confrontos diretos entre candidatos.
Aliás, o tema dos debates foi discutido em vários momentos do encontro. Guilherme Macalossi tratou do “efeito Pablo Marçal”, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo que constantemente realiza ataques a todos os adversários e, recentemente, foi agredido por José Luiz Datena (PSDB) durante debate após diversas provocações de Marçal. Para o gerente de jornalismo da Rádio Bandeirante e BandNews FM, os organizadores de debates precisam ajustar as regras para que acontecimentos como esse não se repitam, e candidatos possam utilizar dos espaços para apresentarem suas propostas, e não somente proferirem ofensas aos concorrentes.
Além disso, Macalossi comentou a corrida à prefeitura de Porto Alegre e os resultados das pesquisas eleitorais recentes, que apontam para vantagem cada vez maior do atual prefeito Sebastião Melo (MDB) sobre os adversários. Apesar deste cenário, ele destacou um dado que consta nos levantamentos e, muitas vezes, passa despercebido: as pesquisas espontâneas. O gerente de jornalismo argumentou que, em razão do grande número de eleitores que ainda não decidiram o coto, o resultado da eleição na Capital ainda está em aberto.
Também abordando as eleições em Porto Alegre, Mauren Xavier definiu o pleito deste ano como “simbólico”, justamente em função das cheias de maio de 2024. "Por mais que as águas não estejam mais nas ruas, as marcas e os efeitos delas ainda estão. Neste momento, economicamente, o Estado de maneira geral está ainda num momento de pujança em função de repasses e de recursos públicos de todas as esferas, o que nos dá uma brecha sobre como efetivamente se manterá ao longo do resto, e isso cairá no colo dos gestores municipais”, pontuou Mauren.
A editora de política do Correio do Povo também falou sobre a importância da próxima legislatura em Porto Alegre. Mauren lembrou que um dos projetos mais importantes para o futuro de uma cidade, o Plano Diretor, deve ser encaminhado à Câmara Municipal da Capital em 2025, e caberá aos próximos vereadores eleitos definir e articular no parlamento as prioridades deste programa.
Já Paulo Egídio rebuscou alguns dos comentários realizados anteriormente pelos colegas. O jornalista de Zero Hora e GZH falou sobre o cenário ainda indefinido para a eleição majoritária em Porto Alegre e sobre a demora que o eleitor apresenta para decidir o seu voto. Ele citou viradas marcantes em disputas recentes e questionou como os institutos de pesquisa podem trabalhar com esta variável da decisão dos eleitores ocorrer às vésperas dos pleitos.
Egídio ainda abordou Pablo Marçal e a tendência da maioria das discussões políticas estarem voltadas para a eleição municipal em São Paulo neste momento. Também relembrou o que Fernando Albretch havia comentado sobre o “imponderável” e os acontecimentos imprevisíveis que podem mudar o rumo de uma disputa eleitoral.
Por fim, Paulo Sérgio Pinto falou sobre o uso de redes sociais nas campanhas. O jornalista e vice-presidente da Rede Pampa disse acreditar serem importantes estes movimentos, mas argumentou que “o que decide uma eleição é o tempo de rádio e de televisão”. Para exemplificar, citou a campanha do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) quando foi eleito no cargo em 2018, em que enfrentava dificuldades em razão do tempo escasso de seu partido à época - PSL, hoje unificado no União Brasil - nas mídias tradicionais, e como isso mudou após sofrer um ataque de faca e ganhar destaque em todos os telejornais.