Um ataque a tiros ocorrido durante comício do PT em Bagé, no domingo (15), está sendo investigado pela Delagacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) do município. Em análises preliminares, a Polícia Civil classifica o fato como tentativa de homicídio.
Uma das vítimas, o candidato à prefeitura de Bagé e deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) se manifestou em suas redes sociais após a ocorrência para tranquilizar apoiadores e afirmar a manutenção de sua candidatura. “Nós vamos continuar nossa campanha com toda tranquilidade que nós construímos na campanha até aqui. Quero conclamar a nossa militância para que fique tranquila”, disse o petista em vídeo.
• LEIA TAMBÉM: RS recebe 6,5 mil urnas eletrônicas para substituir equipamentos danificados pela enchente
Mainardi disse que cerca de 800 pessoas participavam do comício quando um indivíduo se dispôs em sua direção, disparando de 3 a 5 tiros e gravando o ataque com celular em vídeo. Nenhuma pessoa presente teve ferimentos graves, e o criminoso fugiu do local sem ser identificado.
Além do ataque a tiros, a Polícia Civil investiga um roubo circunstanciado, ocorrido na sexta-feira (13), contra candidatos das eleições de Bagé. Em nota à imprensa, a delegacia responsável pelos casos afirma: "são dois fatos muito graves e cometidos em áreas de distritos policiais diversos. Assim, buscando uma apuração conjunta, com apreciação unificada das provas, a atribuição para investigação foi deslocada para a Draco/Bagé".
O comunicado ainda diz que a polícia trabalha para esclarecer a autoria e motivação, a partir de buscas de imagens e relatos de testemunhas. Conforme a delegacia, todos os detalhes da investigação estão em sigilio neste momento.
À reportagem do Jornal do Comércio, Mainardi disse não ter condições de afirmar, mas que suspeita de motivação política no ataque. O candidato à prefeitura de Bagé afirmou que irá aguardar as investigações da polícia para saber quem cometeu o crime e o que motivou a ação. Para eventuais novos ocorridos, o petista reforçou a sua segurança particular e entrou em contato com o secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, para que haja apoio na proteção a ataques desta natureza.