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Publicada em 12 de Setembro de 2024 às 12:55

Governo do RS projeta orçamento 2025 com déficit de R$ 2,8 bilhões

Eduardo Leite (d) entregou ao presidente da Assembleia, Adolfo Brito, PLOA com previsão de receita total de 83,8 bilhões

Eduardo Leite (d) entregou ao presidente da Assembleia, Adolfo Brito, PLOA com previsão de receita total de 83,8 bilhões

Raul Pereira/ALRS/Divulgação/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
O governador Eduardo Leite (PSDB) entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito (PP), a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, na manhã desta quinta-feira (12). A proposta prevê um déficit orçamentário de R$ 2,8 bilhões, com receitas totais de R$ 83,8 bilhões e despesas de R$ 86,6 bilhões. O documento também prevê um total de R$ 4,3 bilhões em investimentos para 2025.
O governador Eduardo Leite (PSDB) entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito (PP), a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, na manhã desta quinta-feira (12). A proposta prevê um déficit orçamentário de R$ 2,8 bilhões, com receitas totais de R$ 83,8 bilhões e despesas de R$ 86,6 bilhões. O documento também prevê um total de R$ 4,3 bilhões em investimentos para 2025.

O histórico orçamentário estadual, desde 2010, vinha registrando déficit. A exceção, foram os anos de 2021, 2022 e 2023, como mostra o gráfico abaixo. Nestes três anos, a previsão de déficit no  orçamento acabou não se confirmando no fim do exercício.
Segundo Brito, depois de passar pelas comissões da Assembleia, Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, onde poderá receber emendas, a previsão é de que o projeto seja apreciado no plenário até o dia 15 de outubro, antes do prazo legal de 30 de novembro para que a proposta seja aprovada e devolvida ao governador para sanção.
Em entrevista após a entrega, Leite disse que o governo “acaba sendo ainda um pouco conservador na projeção de receitas” ao justificar a previsão de déficit. No entanto, pontuou que “o governo tem feito um enorme esforço para garantir que esse déficit se transforme em equilíbrio e até em superávit”, falou.
Histórico Orçamentário (R$ em bilhões) | JORNAL DO COMÉRCIO
Histórico Orçamentário (R$ em bilhões) JORNAL DO COMÉRCIO
Danielle Calazans, secretária de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), que liderou a elaboração do projeto da LOA, explicou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi elaborada antes do período de calamidade e balizou a LOA com previsões mais conservadoras. “A gente entende que essa retomada, em função de uma alavancagem nas receitas, até o fim do ano pode ajudar que esse déficit seja suprimido, até porque já há projeções melhoradas da Secretaria da Fazenda. A gente vai acompanhar as receitas e despesas para ter esse casamento entre o projetado e a expectativa”, adiantou.
O projeto também prevê recursos alocados no Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado em 2024 para centralizar e angariar recursos destinados para o enfrentamento das consequências dos eventos climáticos dos dois últimos anos, de R$ 4,2 bilhões. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg), criada para coordenar e executar as políticas de recuperação, tem um orçamento previsto de R$ 1,2 bilhão.

 

ICMS tem projeção de arrecadação R$ 53,6 bilhões em 2025



A PLOA 2025 estima ainda uma arrecadação de R$ 53,6 bilhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma alta de 14,4% em relação à proposta aprovada pela Assembleia Legislativa em 2024. Entre 2010 e 2023, o ICMS variou 150,7%, em termos nominais (de R$ 17,9 bilhões para R$ 44,9 bilhões). Em 2023, comparando-se com 2022, o ICMS cresceu 3,4% nominalmente (de R$ 43,4 bilhões para R$ 44,9 bilhões).
Apesar dos efeitos climáticos extremos, ocorridos em maio deste ano, em decorrência da forte recuperação, projeta-se para este 2024 um crescimento de arrecadação de mais de 10% sobre o arrecadado em 2023.
A peça orçamentária também prevê para 2025 uma reserva de R$ 7,6 bilhões para atender às ações prioritárias da Secretaria da Educação. Segundo Leite, “o orçamento já prevê o acordo com o Ministério Público que expurga ao longo dos próximos 15 anos, dos 25% de investimentos na Educação o gasto com servidores inativos. No ano que vem isso já vai trazer R$ 360 milhões a mais na Educação do Estado”.
Segundo a SPGG, nos últimos três exercícios (2021-2023), o Estado apresentou superávits orçamentários de R$ 2,5 bilhões, R$ 3,3 bilhões e R$ 3,6 bilhões e superávits primários de R$ 4,7 bilhões, R$ 1,4 bilhão, e R$ 2,5 bilhões. Para 2024, o governo estima ainda resultados orçamentário e primário com superávit.
Em 2023, as despesas Pessoal e Encargos Sociais (que incluem, entre outras rubricas, os salários dos ativos civis e militares, as aposentadorias, as pensões e as sentenças judiciais) atingiram 63,6% da Receita Corrente Líquida (RCL), abaixo do percentual médio de 76,2% registrado entre 2014 e 2020. Ainda em 2023, os gastos com a remuneração das aposentadorias totalizaram R$ 15,1 bilhões e a despesa com os vencimentos de pessoal civil somou R$ 10,6 bilhões. Ao final do primeiro quadrimestre de 2024, as despesas especificamente com pessoal do Poder Executivo estavam em 43,91% da RCL, abaixo dos limites de alerta (44,10% da RCL), prudencial (46,55% da RCL) e máximo (49,0% da RCL).
O encontro, na presidência do Parlamento gaúcho, também teve a presença do vice-governador, Gabriel Souza (MDB), do secretário da Casa Civil, Artur Lemos.

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