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Publicada em 03 de Setembro de 2024 às 19:21

Projeto de combustíveis do futuro avança em comissão do Senado

Texto agora vai ao plenário da Casa, em regime de urgência

Texto agora vai ao plenário da Casa, em regime de urgência

BSBIOS/DIVULGAÇÃO/JC
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Folhapress
A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta terça-feira (3) a proposta que cria os programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Conhecido como "projeto de combustíveis do futuro", o texto também amplia a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel. O texto agora vai ao plenário, em regime de urgência.
A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta terça-feira (3) a proposta que cria os programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Conhecido como "projeto de combustíveis do futuro", o texto também amplia a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel. O texto agora vai ao plenário, em regime de urgência.
A matéria foi votada e aprovada pela Câmara dos Deputados em março, atendendo a demandas do setor de petróleo e gás, que vinha reclamando da proposta, e com amplo apoio do agronegócio, que deve se beneficiar com o incentivo à produção do biodiesel.
O chamado diesel verde engloba o biodiesel do tipo éster, produzido a partir da reação química de um álcool com óleos vegetais oriundos da cana ou da soja, por exemplo.
O PL recebeu parecer favorável do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) com sete emendas, além da inclusão parcial de outras oito sugestões. "Aqui, o propósito do Senado não era simplesmente de carimbar e dar como concluído esse projeto. Fizemos quatro audiências públicas para tratar do tema, então todos puderam falar. Penso que fizemos contribuições e qualificamos o projeto", disse o relator.
Das alterações feitas pela comissão, está a proposta de incentivo ao uso de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar na geração de biocombustíveis.
O novo percentual de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol. O texto prevê ainda que o percentual de biodiesel no diesel poderá aumentar um ponto percentual até atingir 20% em março de 2030. Caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definir o percentual da mistura, que poderá ficar entre 13% e 25%.
Para assegurar a qualidade do óleo diesel, um regulamento definirá a metodologia para a adoção de um sistema de rastreamento dos combustíveis do ciclo diesel em todos os elos da cadeia produtiva.
Também de acordo com o texto aprovado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai regular e fiscalizar os combustíveis sintéticos, e que podem substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil.
Veneziano enfatizou que será responsabilidade do CNPE, que é subordinado ao Ministério de Minas e Energia, avaliar os custos e os benefícios relativos à elevação dos percentuais de adição de biocombustíveis tratados no projeto de lei.
A proposta também prevê definições sobre movimentação, captura e estocagem geológica de gás carbônico (CO2); pesquisa, produção e adição no querosene das aeronaves do chamado combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), para reduzir as emissões do setor aéreo; e cria o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano.

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