A disputa do comando do Executivo municipal tende a ser acirrada em Caxias do Sul, o segundo maior colégio eleitoral gaúcho. Lá, os 347.184 eleitores terão que escolher entre as quatro chapas que concorrem à prefeitura. Todas elas integram coligações.
Atual dirigente municipal, Adiló Didomenico (PSDB) buscará a reeleição junto ao candidato a vice Edson Néspolo (União). Além do Cidadania, que está federado com o PSDB, a chapa angariou o apoio do PRD, do Republicanos e da DC na coligação.
O PT, tradicional adversário dos tucanos na política, concorrerá com a deputada federal Denise Pessôa e terá como vice o ex-prefeito do município Alceu Barbosa Velho (PDT). Na coligação, os candidatos contam com os demais partidos da federação Brasil da Esperança (PV e PCdoB), com a federação PSOL/Rede e com o Avante.
O MDB, único partido a se reeleger no Executivo caxiense nos últimos 20 anos, aposta no vereador Felipe Gremelmaier e no vice Michel Pilloneto (PSD). Nesse caso, a coligação é formada apenas pelas duas siglas.
Outro vereador que busca o cargo de prefeito é Maurício Scalco (PL), tendo como vice a sua colega de parlamento Gladis Frizzo (PP). A coligação ainda inclui o Novo e o Podemos.
Quais são os programas de governo para Caxias do Sul?
Já foram submetidos ao Tribunal Superior eleitoral todos os planos de governo dos candidatos. Os documentos variam de 9 a 32 páginas. Alguns pontos comuns abordados pela maioria dos programas são a continuidade na viabilização do projeto do novo aeroporto, obras de prevenção contra enchentes e o oferecimento de serviços de telemedicina na rede municipal de saúde. Todos eles também realizam proposições para a Festa da Uva e de ocupação da Maesa.
O mais extenso pertence à chapa MDB/PSD. Nas 32 páginas, apresentam seus principais compromissos de campanha e dividem as propostas em 17 eixos temáticos. Algumas propostas apresentadas são a implementação de prontuários eletrônicos integrados na rede de saúde, a avaliação periódica da educação municipal, projetos de drenagem pluvial, a construção de cidades esponjas para adaptação climática e o incentivo a parcerias público-privadas (PPP’s).
A chapa do atual prefeito apresentou 26 páginas em que são, principalmente, retomados os feitos da sua gestão. O texto inicial foca, ainda, na capacidade de resiliência do município diante de adversidades. As principais novidades para um possível próximo mandato são a implementação de um auxílio financeiros para mães cadastradas no CAD Único até o primeiro ano de vida de seus filhos, a construção de uma UPA na Zona Sul, a criação de parques culturais e centros de formação esportiva e a revisão do Plano Municipal de Redução de Riscos.
O candidato Scalco (PL) protocolou um documento de 13 páginas que inicia com uma introdução em que apresenta como propósito do programa “impactar positivamente na condição de vida das pessoas”. Destacam-se no plano proposições como tratativas com o governo estadual para a transferência da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (PICS), a implementação de escolas de educação infantil nos distritos rurais. É o único a não abordar projetos de prevenção contra enchentes ou de resiliência climática.
O mais curto do programas possui 5 páginas e pertence a Denise Pessôa (PT). O foco se resume em cinco eixos: cuidado, participação, gestão, inovação e transparência. Em uma nota inicial, a chapa pretende tornar Caxias uma “referência em reconstrução no Rio Grande do Sul”. Algumas propostas são a retomada do Orçamento Participativo e a descarbonização da frota de veículos. Há, ainda, menções ao fortalecimento da relação com o governo federal para a contratação de financiamentos e a implementação de políticas públicas.
