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Publicada em 13 de Agosto de 2024 às 18:02

Pagamentos de compensação de perdas do ICMS e precatórios ao RS serão antecipados

Governador gaúcho participou de audiência de conciliação no STF, conduzida pelo ministro Luiz Fux

Governador gaúcho participou de audiência de conciliação no STF, conduzida pelo ministro Luiz Fux

Fellipe Sampaio /STF/JC
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Bolívar Cavalar
Após audiência de conciliação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta terça-feira (13) que serão formalizadas e homologadas as antecipações dos pagamentos do governo federal ao Estado de R$ 680 milhões em compensações de perdas de ICMS em função das enchentes de maio e mais R$ 4,5 bilhões em precatórios, que seriam pagos apenas em 2025. No encontro com o magistrado, Leite também tratou da dívida do RS, no âmbito da ação da OAB/RS que pede a extinção dos valores devidos.
Após audiência de conciliação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta terça-feira (13) que serão formalizadas e homologadas as antecipações dos pagamentos do governo federal ao Estado de R$ 680 milhões em compensações de perdas de ICMS em função das enchentes de maio e mais R$ 4,5 bilhões em precatórios, que seriam pagos apenas em 2025. No encontro com o magistrado, Leite também tratou da dívida do RS, no âmbito da ação da OAB/RS que pede a extinção dos valores devidos.

“Ele (Fux) abriu essa mesa de negociações que encaminhará acordos. Já tem um primeiro acordo em relação aos precatórios e a antecipação do pagamento da compensação das perdas de ICMS, que seria feito só no ano que vem, vai ser agora”, disse o governador após o reunião com Fux. Este encaminhamento ocorre após acordos firmados na primeira audiência de conciliação, realizada em junho.
Abordando a questão da dívida do RS com a União, Leite afirmou que “existem argumentos tecnicamente robustos” na ação da OAB/RS que pede a anistia do aporte devido. “Se busca o reconhecimento de que a dívida já foi paga. Este é o pedido que a Ordem faz na sua petição. Existem argumentos tecnicamente robustos nesta ação, que sustentam que a forma como a União aplicou juros não poderiam, constitucionalmente, serem feitos”, disse o governador.
A dívida foi suspensa por 36 meses por conta da catástrofe climática que atingiu o RS. Neste período, os valores que deveriam ser pagos à União estão sendo enviados a um fundo para a reconstrução do Estado, o Funrigs. Depois da reunião desta terça com o ministro Luiz Fux, Eduardo Leite afirmou que, não havendo renegociação do contrato da dívida, as prestações poderiam chegar a 15% da receita corrente do Estado após este tempo de suspensão.

“Quando o Estado voltar a pagar a dívida, nas prestações na forma como o contrato está hoje, sem considerar possível renegociação que o Congresso ajuda a encaminhar agora, poderá a chegar a 15% da receita corrente do Estado consumido com a dívida. Então, você tem mais do que o Estado é capaz de colocar na Saúde sendo demandado para pagar dívida junto à União. Não parece razoável, consome muito a capacidade orçamentária do Estado”, afirmou o governador.

O Senado Federal estava pautado para abordar, também nesta terça-feira, a proposta elaborada pelo presidente da casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de renegociação da dívida dos Estados com a União.

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