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Publicada em 09 de Agosto de 2024 às 16:51

Lula defende Estado contra 'imediatismo da Bolsa de Valores' e defende FA estruturada

Declaração ocorre um mês após ministro da Defesa ter defendido preservação do orçamento da pasta

Declaração ocorre um mês após ministro da Defesa ter defendido preservação do orçamento da pasta

Ricardo Stuckert/PR/JC
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Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil não pode ficar desprovido de Forças Armadas bem estruturadas, em meio aos recentes anúncios de congelamentos do governo federal. Ao enaltecer a importância do Estado na indústria naval, Lula defendeu a importância de se desenvolver projetos de longo prazo, sem o "imediatismo das Bolsas de Valores".
"A gente não pode ficar desprovido de ter Forças Armadas bem estruturada, com muita inteligência e preparadas para uma insinuosa tentativa de nos atacar", afirmou o petista, durante lançamento da primeira de quatro fragatas previstas no programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), executado pela Marinha, nesta sexta-feira (09), em Itajaí (SC).
"Se um país quer ser competitivo e soberano, ele precisa ter o Estado. Uma presença que serve para reduzir a importância das empresas privadas, mas sim para desenvolver projetos de longo prazo para construir o futuro sem ficar preso ao pensamento imediatista das Bolsas de Valores", comentou.
Segundo Lula, o Brasil não teria acesso ao pré-sal "se fôssemos dependentes dos humores do mercado sem poder contar com a Petrobras, que sempre olha para o futuro".
A declaração ocorre um mês após o ministro da Defesa, José Múcio, ter defendido a preservação do orçamento da pasta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), em julho, Múcio destacou o orçamento represado da Defesa e defendeu que os atuais recursos da pasta já não estão alinhados com a real necessidade do ministério.
De acordo com Lula, o lançamento da Fragata faz parte de uma iniciativa estratégica de diferentes pontos de vista: defesa, economia, tecnologia e cooperação internacional. Diante disso, Lula disse que "o poder de compra do Estado brasileiro pode e deve ser usado para fortalecer essa estrutura produtiva e estimular a geração de novas tecnologias e empregos."
O chefe do Executivo classificou a indústria naval como "indispensável" à soberania nacional e, em sua avaliação, o Brasil caminha para fortalecer sua força.

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