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Publicada em 01 de Agosto de 2024 às 17:50

Cenário eleitoral de Porto Alegre deve se definir neste final de semana

Até o momento quatro chapas foram confirmadas à disputa eleitoral nas convenções partidárias

Até o momento quatro chapas foram confirmadas à disputa eleitoral nas convenções partidárias

ISABELLE RIEGER/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
As convenções partidárias estão chegando ao fim. Embora o prazo final para as reuniões que confirmam candidatos às eleições municipais seja na próxima segunda-feira (05), todos os partidos terão encerrado seus eventos no domingo (04). Assim, será possível vislumbrar qual será o cenário eleitoral da capital gaúcha.
As convenções partidárias estão chegando ao fim. Embora o prazo final para as reuniões que confirmam candidatos às eleições municipais seja na próxima segunda-feira (05), todos os partidos terão encerrado seus eventos no domingo (04). Assim, será possível vislumbrar qual será o cenário eleitoral da capital gaúcha.
Até o momento, 16 partidos se reuniram para realizarem suas convenções partidárias. Ao todo, já foram anunciadas cinco chapas para concorrer à prefeitura de Porto Alegre. Mais duas podem ser confirmadas no sábado (03) e no domingo (04). Neste ano, as negociações entre partidos foram atrasadas devido às enchentes, mas, com a retomada da normalidade, passaram a ter um ritmo acelerado.
O atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), busca a reeleição. Entretanto, a chapa será diferente daquela que concorreu em 2020 no pleito que o elegeu. Afinal, o atual vice-prefeito, Ricardo Gomes, optou por desfiliar-se do PL e não concorrer ao cargo. Após semanas de indefinição, o mesmo partido encontrou no Exército uma substituta para concorrer a vice: a tenente-coronel Betina Worm. Na convenção partidária do PL, ela também se filiou ao partido na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Melo já conseguiu reunir numerosos partidos da sua atual base aliada. O PP, o PSD e o PRD chegaram a realizar sua convenção partidária em conjunto com os emedebistas. Antes deles, Podemos e Solidariedade já haviam tido seus eventos e confirmado seu apoio ao atual mandatário. O Republicanos também optou por estar com Melo em reunião com o candidato na terça-feira (30) e deve confirmar a decisão na convenção marcada para sábado (03).
O Cidadania, por sua vez, vive uma situação delicada: apesar de figuras importantes do partido desejarem apoiar Melo, o partido está federado com o PSDB e precisará buscar um acordo com os tucanos, que têm mantido diálogos com o PDT, até o domingo (04). A proposta inicial do PSDB era emplacar o ex-prefeito Nelson Marchezan (2017-2020, PSDB) em uma candidatura própria, mas ele recusou a disputa nesta quinta-feira (01). 
O campo da esquerda, por sua vez, será marcado por uma aliança inédita. Afinal, essa será a primeira vez que o PSOL não lançará uma candidatura própria à prefeitura, optando por aliar-se ao PT indicando a vice Tamyres Filgueira na chapa encabeçada por Maria do Rosário (PT). Aos partidos, se reuniram outras siglas federadas com eles: PV, PCdoB e Rede Sustentabilidade. Uma novidade foi a aliança com o Avante, a mais à direita das legendas que apoiarão a candidatura.
Outro ineditismo é a disputa do partido Novo à prefeitura. Afinal, a sigla concorreu nas eleições municipais apenas ao Legislativo tanto em 2016, quando elegeu apenas Felipe Camozzato, quanto em 2020, quando garantiu duas cadeiras. Será justamente Camozzato que buscará o Executivo em outubro, junto à empresária Raqueli Baumbach (Novo).
Outra chapa pura já confirmada é a do PSTU. De esquerda radical, o partido busca se opor não apenas às candidaturas de centro e direita, mas também à aliança PT/PSOL. Quem tentará alcançar a prefeitura será a técnica de enfermagem Fabiana Sanguiné, tendo como vice o professor Regis Batista Ethur.
No sábado (03) mais uma chapa já definida deve ser confirmada, com um acordo entre o PDT e o União Brasil. A aliança contará com a ex-deputada Juliana Brizola (PDT) como postulante à prefeitura e com o deputado estadual Thiago Duarte (União Brasil) como vice. Ambos buscam o apoio de outras legendas após terem perdido o Avante com quem negociavam.
Uma das siglas que a chapa deve buscar é o PSB, a qual deve optar entre o apoio à candidatura de Juliana e Thiago ou à chapa de Maria e Tamyres. A palavra final ficará para a convenção, também prevista para o sábado (03), e deverá ser decidida por uma votação dos filiados. O União Brasil e o PDT também buscam o suporte do PSDB, ao qual são próximos no nível estadual.
Um dos mais recentes partidos brasileiros, a Unidade Popular (UP) deve estrear na disputa à majoritária. Registrada oficialmente em 2019, a sigla havia concorrido pela primeira vez em 2020, nas eleições municipais. Na ocasião, a UP apoiou a candidatura de Fernanda Melchionna (PSOL) à prefeitura e pleiteou o Legislativo com uma nominata de 5 candidatos. Agora, Luciano Schafer deve buscar o Executivo. O pré-candidato é ligado ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Ainda não foi definido um nome como vice.
Nesta sexta-feira (02), o PRTB também anunciou sua disputa no pleito. O candidato será o presidente estadual da sigla, Carlos Alan, com o vice João Alberto Morsch (DC).

Confira quais chapas devem concorrer à prefeitura de Porto Alegre

  • Carlos Alan (PRTB) com o vice João Alberto Morsch (DC)
  • Fabiana Sanguiné (PSTU) com o vice Regis Ethur (PSTU)
  • Felipe Camozzato (Novo) com a vice Raqueli Baumbach (Novo)
  • Juliana Brizola (PDT) com o vice Thiago Duarte (União)
  • Luciano Schafer (UP), com vice indefinido
  • Maria do Rosário (PT) com a vice Tamyres Filgueira (PSOL), com apoio do PV, PCdoB, Rede
  • Sustentabilidade e Avante;
  • Sebastião Melo (MDB) com a vice Betina Worm (PL), com apoio do PRD, PP, PSD, Podemos, Republicanos e Solidariedade.

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