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Publicada em 01 de Agosto de 2024 às 17:27

PDT e União Brasil consagram chapa para prefeitura de Porto Alegre

Juliana (e) e Dr. Thiago buscam representar 'terceira via' às candidaturas de Melo e Rosário

Juliana (e) e Dr. Thiago buscam representar 'terceira via' às candidaturas de Melo e Rosário

THAYNÁ WEISSBACH/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
Com a sede municipal do União Brasil apinhada de correligionários seus e também do PDT, a disputa à prefeitura de Porto Alegre conta, a partir da tarde desta quinta-feira (1) com uma nova chapa candidata ao Paço. Juliana Brizola (PDT) e Dr. Thiago Duarte (União Brasil) formalizaram a candidatura a prefeita e vice, acompanhados dos dirigentes dos dois partidos, respectivamente Romildo Bolzan e Luiz Carlos Busato.
Com a sede municipal do União Brasil apinhada de correligionários seus e também do PDT, a disputa à prefeitura de Porto Alegre conta, a partir da tarde desta quinta-feira (1) com uma nova chapa candidata ao Paço. Juliana Brizola (PDT) e Dr. Thiago Duarte (União Brasil) formalizaram a candidatura a prefeita e vice, acompanhados dos dirigentes dos dois partidos, respectivamente Romildo Bolzan e Luiz Carlos Busato.
A formalização da chapa passa a representar uma “terceira via” às duas principais candidaturas já fechadas na Capital: a de Sebastião Melo (MDB), que busca a reeleição e tem como vice Betina Worm (PL); e de Maria do Rosário (PT), acompanhada por Tamyres Filgueira (PSOL) na vice, em uma polarização entre direita e esquerda.
Tanto Juliana como Thiago rechaçaram essa dinâmica. “A polarização é estéril porque não dá nenhum fruto, e joga irmão contra irmão. Nosso papel é o de discutir os graves problemas que Porto Alegre tem”, afirmou o deputado estadual. Juliana pontuou que “Porto Alegre precisa ser repensada e para isso não podemos nos perder em polarização”, salientou.
Ainda assim, os companheiros de chapa e seus dirigentes partidários fizeram críticas à gestão de Sebastião Melo. “Porto Alegre parece que tem três governos, mas precisamos de um só para que a cidade possa ressurgir”, disse Bolzan. Dr. Thiago afirmou que a fila de espera na área da saúde é a “maior em dez anos”, e Juliana prometeu priorizar a educação – bandeira histórica dos pedetistas”, pontuando que “não vamos admitir corrupção na educação. Dizem que não há dinheiro, mas vimos onde ele foi parar”, alfinetou, aludindo às irregularidades em contratos de compras da Secretaria Municipal de Educação (Smed) que motivou uma CPI na Câmara de Porto Alegre no ano passado.
Com a aliança confirmada, a tarefa das duas siglas agora é atrair o apoio de outros partidos. “Sem coligação e aliança é muito difícil constituir um projeto que tenha credibilidade e tenha votos”, admitiu o deputado federal gaúcho Affonso Mota (PDT), presente na solenidade. Por enquanto, a conversa mais adiantada é com o PSB, que também dialoga com o PT em torno de um possível apoio que ecoe o cenário nacional. Juliana Brizola, no entanto, ponderou que “o diretório municipal do PSB já decidiu pelo nosso bloco, mas eles têm as questões internas deles, que têm de resolver”. O PSDB, que afinal não terá a candidatura própria do ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior, também está na mira das duas siglas.
De acordo com os dirigentes partidários presentes, outras alianças entre União e PDT devem ser consagradas em outros municípios gaúchos, o maior deles Novo Hamburgo. Até agora, há acordos avançados em 14 cidades, como Osório e Carazinho, também citadas na entrevista coletiva. Segundo Juliana, “o PDT foi o primeiro partido a apoiar o candidato do União Brasil à presidência da Câmara Federal, e isso gera reflexos em muitos municípios, como Porto Alegre”, disse.

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