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Publicada em 11 de Julho de 2024 às 15:39

Abin paralela monitorou Moraes, Toffoli, Barroso, Fux, Lira, Maia e jornalistas, diz PF

Lista foi descoberta pelos investigadores da Operação Última Milha, que teve quarta fase aberta

Lista foi descoberta pelos investigadores da Operação Última Milha, que teve quarta fase aberta

Antonio Cruz/Agência Brasil/JC
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Agência Estado
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro monitorou ilegalmente, segundo a Polícia Federal, ao menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal, quatro deputados federais, quatro senadores, um ex-governador, dois servidores do Ibama, três auditores da Receita e quatro jornalistas. A lista foi descoberta pelos investigadores da Operação Última Milha, que teve sua quarta fase aberta nesta quinta-feira (11). Foram presos quatro auxiliares do ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem e integrantes do chamado gabinete do ódio.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro monitorou ilegalmente, segundo a Polícia Federal, ao menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal, quatro deputados federais, quatro senadores, um ex-governador, dois servidores do Ibama, três auditores da Receita e quatro jornalistas. A lista foi descoberta pelos investigadores da Operação Última Milha, que teve sua quarta fase aberta nesta quinta-feira (11). Foram presos quatro auxiliares do ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem e integrantes do chamado gabinete do ódio.
Segundo a PF foram monitorados:
Poder Judiciário: ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, todos do Supremo Tribunal Federal.
Poder Legislativo: deputados Arthur Lira, presidente da Câmara, Rodrigo Maia (então presidente da Câmara), Kim Kataguiri e Joice Hasselmann; senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.
Poder Executivo: ex-governador de São Paulo, João Dória, servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges, auditores da Receita Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
Jornalistas: Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.

Com a palavra, Rodrigo Maia

"Espionagem utilizando o aparato estatal a pessoas consideradas adversárias do antigo presidente é comportamento de governo totalitário e criminoso, típico das piores ditaduras. Assusta imaginar que Alexandre Ramagem, então servidor público, hoje deputado federal, comandou um esquema de monitoramento de pessoas. Tomarei todas as medidas legais cabíveis contra ele e os outros envolvidos nas esferas cível e criminal."

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