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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 20:52

Secretaria da Fazenda do RS avalia proposta do Senado para negociação da dívida da União com estados

Equipe econômica de Eduardo Leite avalia projeto do Senado

Equipe econômica de Eduardo Leite avalia projeto do Senado

Mauricio Tonetto/Secom/JC
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Agências
O governo do Estado se manifestou sobre a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de renegociação das dívidas dos estados com a União, por meio de sua assessoria de comunicação. Segundo o Palácio Piratini, a Secretaria da Fazenda está analisando o projeto anunciado pelo Senado.
O governo do Estado se manifestou sobre a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de renegociação das dívidas dos estados com a União, por meio de sua assessoria de comunicação. Segundo o Palácio Piratini, a Secretaria da Fazenda está analisando o projeto anunciado pelo Senado.
"A discussão é importante para a sustentabilidade fiscal do Estado, pois o saldo da dívida do Rio Grande do Sul com a União alcançou R$ 93,6 bilhões em 2023, o que corresponde a um aumento de 8,7% em relação ao ano anterior, elevação decorrente, sobretudo, por conta do crescimento do índice de correçã JC o monetária. Trata-se do maior aumento anual desde 1998, quando o Estado começou a pagar o passivo com a União. Com isso, a dívida do RS aumentou R$ 10,3 bilhões em 2023, mesmo sendo paga dentro do Regime de Recuperação Fiscal", diz a manisfestação oficial do governo gaúcho.
O projeto de lei de renegociação da dívida dos estados com a União proposto por Pacheco sugere reverter parte dos juros economizados em investimentos nos próprios estados. O projeto reduz o atual indexador da dívida de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) + 4% ao ano para até IPCA + 2%, mediante a entrega de ativos por parte do estado - como empresas públicas e créditos judiciais.
Uma parcela da economia poderá ser revertida em investimentos no próprio estado devedor; enquanto outra será usada para a criação de um fundo de investimentos que deve ser dividido entre todas as unidades da federação.
A criação do fundo - que vem sendo chamado de Fundo Nacional de Equalização de Investimentos - é uma resposta aos estados que não têm dívida com a União e cobram negociação isonômica em relação aos superendividados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O projeto de lei para renegociação das dívidas dos estados apresentado pelo presidente do Senado prevê um artigo dedicado a todas as formas de repasse de ativos dos entes para a União que poderão ser usados para o pagamento dos passivos. Elas valerão até 31 de dezembro deste ano para quem aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados (Propag), como Pacheco cunhou a renegociação. Entre as opções, está a transferência de participações societárias em empresas estaduais, desde que a operação seja autorizada mediante lei específica tanto da União quanto do ente. 
Estão na lista também bens móveis ou imóveis e a cessão de créditos líquidos e certos do Estado com o setor privado, desde que previamente aceitos pela União.
O projeto de Pacheco prevê que a transferência desses três tipos de ativo vai levar em conta um "valor justo", considerando a "conveniência e oportunidade" da operação, tanto para a União quanto para o Estado. No momento em que o Estado comunicar formalmente ao governo federal sobre a intenção de repassar o ativo, o ente já irá propor condições de transferência e valor do ativo. A partir desse momento, as partes terão 120 dias para negociar os termos e divulgar um acordo fixando as condições do repasse.

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