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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 16:50

Prefeitura de Porto Alegre quer reduzir isenção de IPTU para afetados por enchentes

Prefeitura vetou projeto aprovado pela Câmara Municipal alegando alto prejuízo nas finanças municipais

Prefeitura vetou projeto aprovado pela Câmara Municipal alegando alto prejuízo nas finanças municipais

Carlos Fabal/AFP/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
Após a catástrofe climática gerada pela cheia do Guaíba, a Prefeitura de Porto Alegre havia encaminhado um projeto à Câmara Municipal para a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por dois meses para imóveis afetados pela enchente. Na votação do Legislativo, uma emenda que havia protocolada pelos parlamentares foi aprovada, ampliando a isenção até o ano de 2026.
Após a catástrofe climática gerada pela cheia do Guaíba, a Prefeitura de Porto Alegre havia encaminhado um projeto à Câmara Municipal para a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por dois meses para imóveis afetados pela enchente. Na votação do Legislativo, uma emenda que havia protocolada pelos parlamentares foi aprovada, ampliando a isenção até o ano de 2026.
A redação final da lei aprovada pelo Legislativo foi vetada pelo prefeito Sebastião Melo (MDB). Assim, um novo projeto foi encaminhado para a Câmara, nesta segunda-feira (8), propondo que a isenção do IPTU seja apenas até o final de 2024. A expectativa é de que o texto seja votado na sessão desta quarta-feira (10). Portanto, antes do recesso legislativo, que começa na próxima quarta (17). Para imóveis atingidos diretamente pelas cheias, haverá isenção total e um desconto de 20% nos meses de maio a dezembro para os atingidos parcialmente. Quem já pagou o IPTU referente a 2024 antecipado terá desconto em 2025. As mesmas regras valem para o ISSQN-TP para profissionais liberais e na Taxa de Coleta de Lixo (TCL).
À época da apreciação do projeto na Câmara, o secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, já havia orientado a base governista a votar contrária à emenda, alegando um alto impacto nas finanças municipais. Apesar disso, parlamentares ligados a Melo haviam sido favoráveis à matéria.
A mesma justificativa foi apresentada em um ofício apresentado pelo prefeito aos parlamentares após o veto. Segundo ele, o projeto inicial (de dois meses de isenção) gerava um prejuízo de R$ 22 milhões nas despesas municipais, que subia para R$ 788 milhões com as emendas aprovadas pela Câmara. Com a nova proposição (da isenção até o final de 2024), os cofres públicos deixarão de arrecadar R$ 178 milhões.

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