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Publicada em 20 de Junho de 2024 às 19:57

Moraes arquiva inquérito contra Google e Telegram no caso do PL das Fake News

Presidente da Câmara dos Deputados havia pedido abertura do processo

Presidente da Câmara dos Deputados havia pedido abertura do processo

Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Folhapress
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou, nesta quinta-feira (20), o inquérito criminal contra os dirigentes do Google e do Telegram no Brasil que participaram de campanha contra o Projeto de Lei das Fake News. O encerramento da apuração foi pedido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou, nesta quinta-feira (20), o inquérito criminal contra os dirigentes do Google e do Telegram no Brasil que participaram de campanha contra o Projeto de Lei das Fake News. O encerramento da apuração foi pedido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Eram investigadas suspeitas de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, propaganda enganosa e publicidade abusiva qualificada, além de abuso de poder econômico e contra as relações de consumo. É comum que, após o pedido do Ministério Público, o magistrado determine o arquivamento de um inquérito criminal.
O inquérito foi aberto a partir de um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Em maio do ano passado, quando o projeto de lei estava prestes a ser votado na Casa, o Google publicou em sua página principal de buscas um link cujo título era "o PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil". Além disso, também motivou o pedido de Lira uma mensagem disparada pelo Telegram que afirmava que seria aprovada uma lei que "irá acabar com a liberdade de expressão".
A proposta acabou não sendo levada à votação. Segundo a PGR, após a conclusão do inquérito, o órgão não encontrou provas que justificassem a instauração de um processo criminal. "A análise do que se colheu durante a investigação criminal denota a ausência de justa causa para a propositura da ação penal", diz o pedido a Moraes, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand.
Pelo entendimento da PGR, se posicionar contrariamente à proposta legislativa, ainda que marcada por intenção de privilégio de interesse próprio, não demonstra o intuito de abolir o regime democrático ou tolher o exercício regular dos poderes constitucionais. O órgão também avaliou não haver ilícitos penais relacionados a relações de consumo.
Na manifestação, o vice-PGR diz que, apesar de ter solicitado o arquivamento em relação ao inquérito criminal, os elementos de prova ainda podem ser aproveitados em ações civis ou administrativas.

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