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Publicada em 19 de Junho de 2024 às 16:38

'Marcha dos prefeitos gaúchos' mobiliza mais de 200 gestores em Brasília

Famurs busca recomposição de receitas de cidades atingidas direta, como Encantado, ou indiretamente

Famurs busca recomposição de receitas de cidades atingidas direta, como Encantado, ou indiretamente

Gustavo Ghisleni/AFP/JC
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Diego Nuñez
Diego Nuñez Repórter
Mais de 200 prefeitos gaúchos devem marchar a Brasília para pressionar Poderes como União e Congresso Nacional por socorro aos municípios do Rio Grande do Sul, que foram atingidos direta ou indiretamente pelas enchentes de maio. A Marcha dos prefeitos gaúchos deve ocorrer nos dias 2 e 3 de julho, organizada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Mais de 200 prefeitos gaúchos devem marchar a Brasília para pressionar Poderes como União e Congresso Nacional por socorro aos municípios do Rio Grande do Sul, que foram atingidos direta ou indiretamente pelas enchentes de maio. A Marcha dos prefeitos gaúchos deve ocorrer nos dias 2 e 3 de julho, organizada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
“Por mais que estejamos aqui com o governo federal, representado pelo ministro Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de apoio à Reconstrução do RS), que tem se colocado à disposição, tem nos ajudado, ouvido, trazidos soluções, estamos organizando esse movimento, liderados pela CNM, para os prefeitos irem à Brasília para sensibilizar o Congresso Nacional e a União”, explicou o presidente da Famurs e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda (PRD).

Ele explica que municípios podem ser impactados em mais de 25% do seu orçamento com a queda de arrecadação de ICMS prevista pelo governo do Estado. “Se não tivermos a complementação dessa perda do ICMS, que está estimada em R$ 11 bilhões para o governo do Estado, dos quais R$ 3 bilhões são dos municípios, o que representa mais de 25% do orçamento das cidades, nós entraremos em colapso e os danos para a sociedade gaúcha vão ser muito maiores”, afirmou o prefeito.
“Precisamos desse socorro. O Estado contribui com R$ 108 bilhões por ano e só R$ 60 bilhões voltam. Sabemos que dentro do sistema da Federação, temos que fazer nossa contribuição, ajudar o todo, mas neste momento o RS e os municípios estão precisando da União, do Congresso Nacional, para ter esse socorro e depois voltar com a nossa contribuição que ajuda todo o País”, continuou.
Arruda relata que há mais de 100 projetos em tramitação no Parlamento brasileiro que poderiam beneficiar as cidades do Rio Grande do Sul. Os prefeitos presentes deverão tratar sobre essas pautas com deputados e senadores no Congresso Nacional.
O prefeito esteve reunido nesta quarta-feira (19) com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o gaúcho e ex-prefeito de Mariana Pimentel, Paulo Ziulkoski, para alinhar a organização da marcha.
Já com mais de 200 prefeitos inscritos, o objetivo de Arruda é atingir o envolvimento de pelo menos 50% das cidades do Rio Grande do Sul, que tem 497 municípios.

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