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Publicada em 09 de Maio de 2024 às 18:50

Leite calcula R$ 19 bilhões do Estado para reconstruir RS depois de tragédia climática

Leite também reforçou necessidade de suspensão da dívida com a União por longo período

Leite também reforçou necessidade de suspensão da dívida com a União por longo período

LAURO ALVES/SECOM/DIVULGAÇÃO/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O governador Eduardo Leite (PSDB) detalhou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9), os recursos necessários para reconstruir o Rio Grande do Sul depois das chuvas e cheias que deixaram mais de 400 municípios afetados, milhares de desabrigados e mais de 100 mortos. De acordo com ele, pelo menos R$ 19 bilhões do Estado precisam ser despendidos em dois principais pilares de atuação: Assistência, Restabelecimento e Reconstrução, e Prevenção e Resiliência Climática.
O governador Eduardo Leite (PSDB) detalhou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9), os recursos necessários para reconstruir o Rio Grande do Sul depois das chuvas e cheias que deixaram mais de 400 municípios afetados, milhares de desabrigados e mais de 100 mortos. De acordo com ele, pelo menos R$ 19 bilhões do Estado precisam ser despendidos em dois principais pilares de atuação: Assistência, Restabelecimento e Reconstrução, e Prevenção e Resiliência Climática.
Em assistência, que são os recursos destinados para atendimento em saúde, benefício emergencial e estrutura para abrigos, o governo estima que são necessários cerca de R$ 2,4 bilhões. Quando o assunto é restabelecimento para desobstrução de vias e construção de acessos alternativos, restabelecimento de serviços essenciais e limpeza de casas, por exemplo, o valor total soma R$ 7,2 bilhões, com destaque de R$ 1,5 bilhão para manutenção de vias urbanas.
No tópico 'reconstrução' do primeiro pilar são mais R$ 8,9 bilhões. A reconstrução de pontes, estruturas que sofreram prejuízos parciais ou totais com as chuvas, precisa da maior parte do investimento necessário, com R$ 3,6 bilhões, já os recursos para moradia somam R$ 2,9 bilhões. "As pontes não são apenas estruturas de concreto e ferro, são nelas que passam as ambulâncias. É por elas que passam os estudantes e as pessoas que precisam trabalhar", considerou o governador. Ainda, mais R$ 2,4 bilhões dizem respeito à resposta imediata ao desastre, como reforço das forças de segurança e estrutura de governo emergencial.
O segundo pilar de atuação, de prevenção e resiliência climática, não foi detalhado do ponto de vista de financeiro. "A gente já vinha fazendo alguns investimentos, contratamos serviços de radar meteorológicos e novos equipamentos, mas vamos precisar acelerar esses processos. É sobre ter recurso e não ter amarras fiscais que limitam os nossos movimentos no curto prazo e sobre ter a burocracia aliviada", afirmou Leite.
Estes valores são somente os valores do orçamento do governo do Estado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou nesta quinta-feira que a União destinará R$ 50 bilhões para o RS.

Leite reforça necessidade de suspensão da dívida com União por longo período

O governador reforçou o pedido de suspensão da dívida do Estado com a União por um longo período de tempo. Segundo Leite, isso permite mais agilidade na hora de construir pontes e fazer obras de infraestrutura. "Se o governo federal encaminhar a solução sobre a dívida que estamos pedindo, teremos fôlego para dar respostas mais imediatas, é uma solução mais efetiva e ágil."
Isso acontece porque, assim, o governo estadual não precisa enfrentar a burocracia de acesso a recursos da União. "Se a gente tiver que pedir o recurso para o governo federal, duplica a burocracia, porque, além da burocracia estadual, tem de fazer a captação de recursos junto aos ministérios, montar grupos de trabalho, passar pelo Tribunal de Contas da União. É melhor ficar aqui no Estado o recurso que mandamos para a União por conta da dívida. Assim, podemos entregar rapidamente resultados", considerou o governador.
 
 
 

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